Faço uso desta resposta a um amigo poeta e a todos que por ventura possam se interessar pela polêmica formada à poesia por mim postada: SOS POESIA.
Caro amigo e poeta...
Você talvez possa não acreditar, todavia fiquei realmente satisfeito com o seu comentário. Tanto que, na medida do possível, vou tentar fazer-me entender, mesmo porque, creio estar havendo um grande mal entendido. Além de talentoso poeta, você é uma pessoa que muito admiro e respeito, e embora eu ainda não tenha tido o prazer de conhecê-lo pessoalmente, o seu modo cavalheiro e extremamente sensível de se portar perante este nosso fórum de “debates poéticos”, fazem com que eu tenha satisfação de respondê-lo, nem que com isso possa causar mais polêmica sobre o assunto em pauta.
Antes de me aprofundar no assunto em questão, gostaria de agradecer aos seus elogios: (“Sou seu admirador e já comentei diversos trabalhos seus que me tocaram a alma”.) Por outro lado desculpar-me se fui o causador de tão “grande decepção”, acredite não tive intenção de feri-lo, nem a você ou a quem quer que seja. Como disse este é um fórum que tem por objetivo o debate poético, e doravante, neste meu despretensioso comentário é a que me prenderei. Vamos por partes...
Primeiramente, ao alertar-me sobre o seu, o nosso direito de expressão, você já inicia cerceando o meu próprio direito. Visto que o que fiz nada mais foi que me expressar embasado no direito que você mesmo está alardeando.
Quanto ao fato de eu ter repudiado o estilo e a linguagem dos poetas de todos os tempos fiquei realmente estupefato com essa sua veemente afirmação. Aqui de duas uma, ou eu não soube me expressar ou a sua sensibilidade apregoada e reconhecida acima por mim, está envenenada por algum acontecimento extra-forum que eu estimo, se houver, você possa saná-lo da melhor maneira possível.
Só para guisa de sua informação, eu fui o único, ao menos aqui neste fórum, a homenagear os poetas, Carlos Drumond de Andrade, dito por muitos críticos como sendo um poeta prolixo, bem como ao poeta Adoniran Barbosa, reconhecido como o poeta mais popular de nossa literatura. Para você ver, meu poeta, dois pesos e duas medidas para quem, como eu, como você deixa subentender, demonstra ser um admirador somente da poesia, por mim denominada pé no chão.
Aliás deixa-me explicar este termo poesia “pé no chão”. Pé no chão nada mais é que um termo que traz intrínseco em seu significado: responsabilidade, juízo, moderação, ou seja respeito com o futuro e provável leitor da obra criada. Independente da simplicidade ou do classicismo empregado na linguagem utilizada.
Mais além, você diz que critiquei a erudição poética, o uso da metáfora, a linguagem clássica, e que desrespeitei, além de nossos colegas do fórum, as grandes e reconhecidas figuras da poesia Universal!?!? Ora poeta aqui você exagerou, e exagerou demasiadamente! Desculpe-me mais uma vez, você foi de uma infantilidade a toda prova para conseguir ter imaginado tamanha blasfêmia. Eu não só admiro e respeito o linguajar clássico como em minha vida de propenso poeta, tento continuamente imita-lo, e com isso, quem sabe?... aproximar-me do mesmo divino e sublime talento poético que, como imortais literários, possuíam, possuem, e possuirão por todo o sempre.
Quanto à metáfora, eu somente critiquei o uso exagerado e inconseqüente que muitos poetas usam sem critério (leia com atenção minha poesia!). Tanto que há poesia, e isto você como amante confesso da poesia não pode negar, que de tão metaforizada passa a se tornar algo escrito sem nexo, sem sentido. Mas nunca, em tempo algum, eu poderia ir de encontro ao mais belo recurso do poeta que é a METÁFORA!
Pois bem percebo que o neologismo por mim usado: ”supimpez” o tenha chocado! O linguajar supimpez nada mais é aquele que ao você consultar o dicionário para procurar, uma ou mais palavras nele contidas (palavras dicionário), e isso eu faço comumente, você atônito passa a perceber que, ou a palavra não existe, não tem lógica para ter se tornado um neologismo, e o muito pior, quando existe, o seu significado nada tem a ver com o contexto escrito. È por essa razão que eu imagino que talvez os autores dessa fraude poética, motivado talvez para conseguir uma melhor rima, não tenham a cultura que julgam ter. Agora, cá entre nós caro amigo poeta onde você foi arrumar essa de que eu estou desrespeitando a memória de nossos imortais!!?? Eu, francamente, não sei!
Devo lhe informar ainda meu poeta que o intuito de ter colocado no fórum este tipo de manifesto, realmente foi para por em discussão um assunto que, por mais que não se queira admitir, incomoda a muitos leitores e amantes da própria poesia. Tanto que o que estou recebendo de e-mails (a grande maioria entendeu o intuito de minha poesia pé no chão) parece brincadeira!
Poeta, eu acredito que devemos ler a poesia com o intuito do que ela poderá trazer-nos de bom para conhecer-nos e não ao poeta que a escreveu! Com isso o poeta precisa estar atento, com o pé no chão, para saber qual o público leitor que ele gostaria de alcançar. Mesmo porque essa questão de poesia popular ou clássica é muito relativa. Depende da cultura de cada um. O que pode ser extremamente clássico para uma pessoa, pode ser ultrapassado, ridículo e prosaico para outra. Contudo algo eu não abro mão à poesia, popular ou não, empolada ou simplória, deve sempre trazer algo, uma mensagem, um pensamento, etc.Algo que venha acrescentar ao leitor !
Por último amigo, quanto aos estilos de nossas amigas e talentosas poetas Fabiana e Nandinha acredito que com estas minhas simples explicações eu não mais precise comentar o que sua talentosa pessoa deve já ter entendido.
Obrigado pelo seu comentário, não me queira mal porque te amo de graça!
Um abraço do amigo
GUIDO CARLOS PIVA
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