Usina de Letras
Usina de Letras
66 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62236 )

Cartas ( 21334)

Contos (13264)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50635)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140808)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6192)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Couro de onça -- 24/03/2007 - 07:01 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O couro de onça

Conto aqui um caso verídico que aconteceu na Vila de Água Doce. Havia por lá um casal de compadres amantes. Explico. O compadre Tatão era amante da comadre Nena. A senha combinada entre eles para o encontro secreto dos dois era um couro de onça pendurado no varal. Couro de onça no varal era sinal de que o compadre Marcelo viajara.
Quando o compadre Marcelo, o que era corno viajava, a comadre Nena botava o couro de onça no varal e o seu amante ficava assim sabendo que a “barra” estava limpa e ele podia chegar sem maiores sustos. Anos se passaram sem que nada de grave acontecesse. Durante muito tempo o compadre Tatão entrou e comeu tranqüilamente a comadre Nena em temidos aposentos alheios, enquanto os chifres do compadre Marcelo cresciam, —altos como as palmeiras de buriti dos Gerais—, na direção do céu.
Um belo dia, porém, a comadre Nena se descuidou do combinado e esqueceu da senha secreta para os encontros com o seu amante e deu início a uma longa faxina na casa. Escovou o couro de onça e o pendurou no varal. Naquele dia, porém, o couro foi para o varal apenas por causa da limpeza rotineira na casa. O marido e corno, Marcelo, não tinha viajado para longe e continuava na vila. Tinha ido ali perto, fora buscar um maço de cigarros ou coisa parecida.
O compadre Tatão, assim que viu o couro pendurado no varal, precipitou-se para o quarto da comadre e tirou a roupa. Logo depois, sem mais aviso, chegava o compadre Marcelo para o almoço. Este entrou em casa e encontrou o compadre Tatão completamente nu e deitado na sua própria e sagrada cama. Os dois levaram um susto dos diabos. Foi realmente uma “saia justa” terrível e constrangedora. O compadre Marcelo, injuriado, foi logo perguntando: “O que o senhor está fazendo aí, pelado e deitado na minha cama, compadre?... Ficou doido!?
A situação era realmente difícil de resolver. O medo de morrer leva o sujeito a enverdar por ínvios caminhos. O maior machão vira até veado sem querer. Completamente nu e já devidamente armado para o combate com a comadre Nena, —surpreendido pelado na cama do amigo e sem achar uma outra saída mais digna—, Tatão disse a única coisa que achou conveniente e seguro dizer naquela hora: “É isso aí, compadre, pode acreditar em mim... Eu ia passando aí na frente da sua casa e me deu uma vontade danada de dá a bunda procê!...” Medo de morrer é fogo, faz acontecer dessas coisas com um machão...



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui