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Cronicas-->Apreensões -- 27/10/2010 - 09:29 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ternuma Regional Brasília

General-de-Exército Armando L. M. de Paiva Chaves

CRÓNICA 68

(24 Out 2010)

Nos círculos próximos, são colhidas intenções de não exercer o direito e obrigação do voto no próximo dia 3 de outubro. O motivo real é usufruir o feriadão, viajando. O motivo alegado é o desinteresse pelos candidatos, avaliados como vinhos da mesma pipa. Não obstante, até agora vinham opinando, elogiando e criticando um ou outro postulante.

É de entristecer a prevalência de uma motivação maior, sufocando o exercício da cidadania, que só oferece a oportunidade a cada quatro anos. Fugir à responsabilidade de escolher quem deverá governar o estado ou o país é omissão indesculpável, que acomete quem tem recursos para viajar e, supostamente, tem instrução e cultura suficientes para avaliar valores e desvalias dos candidatos.

A resultante é que não será eleito quem receber os votos da maioria dos brasileiros, mas da maioria dos que votaram. Sem dúvida, milhões decorrerão de avaliações conscientes, feitas no cenário presente e projetadas no futuro, que alcançará cada um, mas também os filhos e netos hoje representados, por não votarem. Haverá também outros milhões, analfabetos, iletrados, voltados para a angustiante luta pela sobrevivência, abrigados com seus rebentos em barracos ou tendo a rua por casa, ou tendo arua por casaus regbentosos para a angustiante luta pela sobrevivç sem saber se amanhã terão comida, remédios, instrução. Farão suas escolhas embalados por promessas calcadas no pouco que receberam, que para eles é muito.

Na democracia, não há voto de qualidade. Todos são iguais perante a lei. O miserável e o rico. O culto e o analfabeto. O que tem senso crítico e o que se deixa levar pela propaganda demagógica. O que busca a felicidade da nação e o que busca a sua própria, no emprego e na propina que a eleição lhe promete.

Eleição é um momento de maturidade nacional. O resultado das urnas deve representar o que o povo quer dos governantes eleitos. Se o voto é obrigatório, significa que todos são convocados a dar sua opinião, com pesos exatamente iguais.

Se a palavra pode convencer, o exemplo inspira, mormente quando vem do alto. Uma e outro são úteis para conduzir à boa escolha. Cristo, por dois mil anos, tem inspirado e convencido para o bem. Outros muitos, praticando seus ensinamentos, vêm servindo a humanidade, dirigindo seus povos, encaminhando-os para a justiça, a correção de desigualdades, a sobrevivência condigna, a paz e a felicidade nos lares.

A palavra de nosso primeiro mandatário não convence. Seu exemplo não inspira. Megalomania e obsessão de vitória distorcem seu discurso. A mentira multiplica suas realizações e encolhe as de seu antecessor, de quem colheu os frutos para os sucessos que lhe são creditados. A postura em comícios e reuniões públicas desmerece a liturgia do cargo, o respeito aos adversários e à ordem vigente, quando propugna por extirpar um partido da vida nacional.

Entretanto, há milhares que se convenceram, pelo usufruto que tiveram ou esperam colher. Que se inspiraram no sucesso de uma trajetória ascendente, iniciada na planície da pobreza e chegada ao mais alto cargo da república. Não há por que condená-los. Sua escolha é direito inalienável.

Há, sim, daqueles que reprovam o exemplo e o discurso, a obrigação de se contrapor, pelo voto. Faltar a ela deve pesar nas consciências como crime de lesa pátria. Não haverá perdão nem direito a crítica, se o país enveredar para destinos que ponham em risco a democracia e as instituições.

Roga-se a Deus que as apreensões não se concretizem. Que a obrigação de votar inflame o civismo e o resultado das urnas exprima realmente a vontade da maioria dos brasileiros.


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