a literatura o chamava. o impelia a escrever, mesmo sem ter assunto. descobrira que depois do noveau roman (que custara a ler) o que menos importava era o assunto. o processo era mais interessante que o produto. e começou a escrever daquelamaneiranova. ainda titubeante com subordinadas e muitas explicações. aquela coisa esquisita nem conto nem poema. híbrida. anti-massaud:seus escritos de tramas esfiapadas em mil cenários líquidos com esboços de personagens e narrador nenhum. anti-massaud. pretendia. desaprender a língua. matar a norma. depois de almeida faria: rumor branco. que fazer? lá para as tantas não via enredo. só fluxos intermináveis e metalinguagens. intertextualidade. hipertexto. falar dessas coisas, pode? literatura ou ensaio? cadê a ficcionalidade? tinha mais perguntas que respostas. eis a episteme pós-moderna. metacognição. os cachorros latem a noite. barry white lhe envia aos 70`s chiado no rádio velho. toma goles e mais goles de capuccino. o sono vai embora. toma diazepam. toma capuccino. come uma coxa de galinha fria sobra da janta. a fome bate. descobre a pior coisa desse tipo de escrito: saber a hora de parar.