NÃO SABES...
Eu canto a primavera, não sabes...
O que é? Se fitas os meus olhos
cheios de perguntas recorrentes.
Decifras, talvez... amiúde, não digo...
Quem sabe? O sopro perene dos ventos,
O luar, as estrelas, etc. Desejos antigos...
Sabes? Se toda paixão aflora dos desesperos,
Seria loucura minha ou a fenda do tempo?
Sim, eu sei o quanto das minhas noites frias
Não, Não me mal digas... Apenas, decifras!
Mas, não intercales o punhal da agonia...
O que se foi... o que e a quem lembrar?
E então? Se marcho para a noite sem ti,
Levo comigo, a minha e a tua solidão!
É que o teu lado vive igual a mim...
E, no compasso dos meus passos,
Divido o silêncio do teu quarto...
Minha gema rara, as tardes eu sei,
O sol, o mar... a mesma coisa. Puro tédio!
Se teu céu é distante, meu chão é presente,
Agora, deste teu olhar decorrente...
Não sabes... também não digo dos labirintos.
Mas, se centelhas.... beijo-te o ventre,
E levo-te dos confins do nada, ao infinito...
Nhca
set/01 |