Oi, amor
Vem aqui...
Segura a minha mão.
Vamos fugir
dessa confusão urbana,
nada de buzinas e freios,
quero o silêncio profundo de algum lugar
escondido no mundo
Chega de progresso!
Quero o romantismo do rústico...do fogão de lenha, da luz dos lampiões,
desenhando nossas sombras na parede,
teto de sapê, o cantar dos grilos lá fora...
pela pequena janela, o cumprimento da lua e
os aplausos das estrelas.
Vem...Vamos comigo pelos campos primaveris,
tão cobertos de flores,
ouçamos o cantar dos pássaros,
nas boas-vindas à primavera
Lá, só estaremos os dois.Não teremos ciúmes.
Não me beijarás mais como Otelo,
temeroso de perder sua Desdêmona.
Seremos quase eremitas.
Ao sol se pôr, brincaremos e eu gritarei teu nome ao vento e, ao longe, o eco o repetirá...
Adivinharemos as figuras que as nuvens formarão,
só para nós dois.
À noite, o recolhimento na casinha pequenina,
acolhedora, bonitinha, com uma rede no jardim,
por entre as árvores, jardineiras nas janelas.
Fecharemos a porta, teceremos planos de aventuras, contaremos histórias,à luz do lampião.
Lá fora, só o pisca-pisca dos vaga-lumes ,
o coaxar dos sapos, o balanço das folhas dos coqueirais.
Na semi-escuridão, nossos corpos se procurarão na esteira, lá no chão.Se enroscarão nus e trêmulos,
sedentos de amor...e paixão.
Beijossssssssssssss, |