Jorge Streit deve estar sorrindo em Brasília. É que embora o time de coração do petista tenha perdido a liderança temporária do campeonato brasileiro, provavelmente na quarta-feira deve conquistar mais uma vez o título de campeão gaúcho, desta vez sobre o esforçado time do Quinze de Novembro de Campo Bom, pequena cidade que tem predomínio de colonização alemã.
Aliado ao título do Internacional, o Grêmio repete os fiascos de 1991, quando foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro, sob a orientação de vários técnicos diferentes e com o melhor elenco que poderia se montar na época. Streit deve estar comemorando, depois de passar tantos anos torcendo para o Grêmio perder alguma coisa. Agora quem torce para o Inter perder sou eu, já que o tricolor anda mal das pernas.
Falando em pernas, neste final de semana houve uma passeata denominada "Primeira passeata do orgulho gay de Rondônia". Como o pessoal do interior ainda não se organizou, mandou representantes para engrossar o desfile na Capital, onde havia muito mais curiosos do que gays fazendo movimento.
Os vereadores de Porto Velho e um deputado estadual apoiaram sem aparecer, e o único político que teve coragem de passar por lá foi Eduardo Valverde, que com assessores do PT falou contra o fim da discriminação sexual no país. Aliás, em termos de apoio, foram ditos vários nomes de políticos, que encheriam umas cinco linhas do texto.
Mas há um pequeno equívoco no tema da homossexualidade como forma de tolerar todos os credos e raças.
Qualquer livro bom de história conta os episódios relativos às tropas conhecidas como SA.
Eram tropas organizadas de assalto, com função de realizar missões violentas, compostas inicialmente por ex-combatentes desempregados, mendigos, viciados, policiais e todos os descontentes que encontrasse. Formavam a SA, isto é, as Stürmabeitlungen, divisões de assalto. Sua função principal era atacar comunistas, operários e sindicalistas, além de, naturalmente, os judeus . Eram financiadas por empresários nazistas. Estas tropas, que eram comandadas por um homossexual, faziam discriminação racial e política. Em seguida, alcançando o poder, Hitler começou a perseguir multidões de judeus, intelectuais e homossexuais, dentro dos seus planos malucos de criar uma raça superior.
Foi então que mandou assassinar Röhm, que era o chefe da tropa SA, que agia sem obedecer diretamente as ordens do Reich. Röhn jamais imaginou que Hitler se voltaria contra quem o ajudara a galgar o poder. O resto da história se conhece. Hitler perdeu, os homossexuais repudiaram os regimes fascistas e evitam entrar nesse tipo de roubada.
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