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Artigos-->Sendas estranhas -- 01/07/2003 - 17:17 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No ano 2002 boa parte da intelectualidade brasileira ficou revoltada com frases atribuídas ao diretor da Faculdade Estácio de Sá, localizada no Rio de Janeiro. O cidadão, João Uchôa Cavalcanti Neto, dizia que o que interessava mesmo era o lucro, e que a conversa de formação humanística não passava de lero-lero intelectual.

Foi um choque para a sociedade, que não esperava tanta sinceridade de um diretor de faculdade, onde, se espera, os futuros dirigentes do país são formados.

A indústria da educação, como é chamada por alguns economistas, é responsável por milhares de empregos em todo o país. Nos EUA é considerado o quinto setor mais importante. Desconheço a posição de colégios e faculdades particulares no país, mas é um setor muito forte.

O Provão do MEC veio para ajudar a fiscalizar o nível dos cursos superiores, particulares ou não. Por enquanto ficamos sem um parâmetro de qualidade de ensino, já que havia falhas no sistema e algo novo deve surgir. Convenhamos que isto é necessário, se não como cobrar qualidade dos empresários e dos governos?

Os empresários, como aquele de Marília, chegaram a comprar aviões e iates para algum tipo de pesquisa estranha. Os iates estacionados no Rio de Janeiro e os alunos no interior de São Paulo.

A entrevista da Folha Dirigida com o diretor da Estácio de Sá foi considerada uma das maiores aberrações por quem leva o estudo a sério no país. Entende-se que para trabalhar com o ensino haja uma finalidade maior do que o lucro, caso contrário os alunos das instituições seriam como soldados da infantaria, dispostos a morrer pela pátria, sem entender que o mais importante é viver para fazer com que a pátria viva e melhor.

João Uchôa ainda disse mais um monte de besteiras, e quem quiser tirar as dúvidas acesse o site http://www.folhadirigida.com.br/professor2001/cadernos/maior_riqueza/5.html, onde a entrevista está na íntegra.

Mas o que preocupa mesmo é que muitos outros empresários do setor de educação pensam parecido. Ainda há poucos dias um deles passeava pela avenida Jorge Teixeira falando da multiplicação de cursos para especialistas em educação, que ajudariam os empresários em poucos anos. O interlocutor questionou e o empresário respondeu que havendo muitos especialistas os proprietários das faculdades podem obrigar os novos mestres a receberem salários inferiores, num mercado saturado. Daí o lucro das faculdades é maior, com reserva de mão-de-obra barata.

Que país estamos formando...

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