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Textos_Religiosos-->Evo Cocales x Igreja Católica da Bolívia -- 23/05/2008 - 16:09 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Igreja na Bolívia se retirará do diálogo se cardeal Terrazas for excluído

Nova polêmica entre o governo e os bispos

Por Nieves San Martín

LA PAZ, quarta-feira, 21 de maio de 2008

ZENIT.org

O presidente da Bolívia, Evo Morales, voltou a suscitar polêmica com a Igreja Católica com relação à participação do cardeal Julio Terrazas no diálogo entre o poder executivo e os prefeitos das regiões separatistas. A Igreja Católica advertiu que se retirará do processo se o cardeal for excluído.

Diferentes membros do governo fizeram declarações advertindo que aceitariam a Igreja como mediadora, mas sem a presença do cardeal Terrazas, porque ele ficava excluído do processo ao participar do referendum pelo Estatuto Autonômico de Santa Cruz, no dia 4 de maio.

NO último dia 15 de março, após uma reunião com o presidente Evo Morales em Santa Cruz, o cardeal Terrazas abriu um processo de facilitação entre o executivo e os prefeitos opositores, para o qual designou o bispo Jesús Juárez como delegado para iniciar as gestões.

Após o fracasso nas negociações, no dia 7 de abril, o cardeal Terrazas e o presidente tiveram o primeiro choque. O purpurado considerou infundada a versão do executivo com relação à existência de «escravos» na província Cordillera de Santa Cruz. Rapidamente, Morales disse que se sentia «traído pela cúpula da Igreja».

Posteriormente, a decisão do cardeal Terrazas de votar no referendum do dia 4 de maio aumentou a crise com o executivo. Morales afirmou que a Igreja parece atuar como um «sindicato opositor».

A Igreja Católica, por sua parte, pediu mais respeito, a partir das últimas declarações do presidente Evo Morales, quem acusou a cúpula eclesial de ter se convertido em um sindicato opositor à sua gestão, entre outros qualificativos e diante dos ataques que diversas autoridades do governo fazem.

O secretário-geral da Conferência Episcopal da Bolívia (CEB), Jesús Juárez, ressaltou a importância do papel da Igreja na sociedade boliviana, razão pela qual ele pediu às autoridades do governo, especialmente a Morales, que sejam mais cuidadosas com as declarações que realizam.

«Conhecemos o senhor presidente, mas eu penso que a instituição da Igreja merece mais respeito, consideração e acho que essa linguagem não é digna de um primeiro mandatário de uma nação», sublinhou Juárez.

Por sua parte, diante dessas declarações, o chanceler indicou: «Nós estamos dispostos a que a Igreja exerça um papel facilitador. Ela deveria aproximar, e não tomar parte em nada; para mim foi uma surpresa quando o máximo representante da Igreja tomou parte, participando desse referendum (autonômico) ilegal (do dia 4 de maio passado), que não está dentro das leis».

A Igreja se manifestou solidária com o cardeal Terrazas e advertiu que se o presidente Morales e o governo excluírem o purpurado do diálogo, essa instituição não participará de nenhum diálogo.

Juárez declarou que os bispos querem diálogo, mas com o cardeal, porque é a máxima autoridade e não poderiam atuar à margem dele. «Diálogo sim, porque o cardeal foi solicitado pelas partes para facilitar o diálogo, juntamente com a Igreja Católica. Estamos em um momento de inclusão e não de exclusão», declarou o bispo.

Ele acrescentou que «um diálogo, se quiser ser sério, merece um convite por escrito, com uma agenda de temas, indicando o lugar e a hora. Não é imprescindível se queremos buscar a proximidade, mas sim é imprescindível que o convite seja por escrito e com a seriedade correspondente».

Ele confirmou que até agora a Igreja não recebeu um convite por escrito e não se conhece uma data de quando seria esse encontro.

O cardeal Terrazas voltou à Bolívia no último dia 19 de maio, após uma visita de quase 10 dias ao Vaticano, onde foi recebido pelo Papa Bento XVI.

Com relação aos questionamentos do governo à Igreja, o cardeal afirmou: «O Santo Padre sabe que em todos os lugares nos questionam; além disso, não só nos questionaram porque podemos dizer palavras: questiona-se sempre a palavra de Deus, a palavra do Evangelho, que, quando chega com exigências, nem sempre alegra todos. E sabemos também, pelas próprias palavras do Senhor, que não somos juízes daqueles que não aceitam essas palavras, e não podemos condená-los tampouco».

O cardeal acrescentou: «Tudo o que for diálogo, acho que é isso o que temos de apoiar, tudo o que for encontro; por tudo o que for um momento especial para nos encontrarmos e buscar soluções, louvado seja Deus. Tomara que possamos estar sempre abertos ao diálogo e não esperar momentos extras para convidar a algo que deve ser o mais normal».




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