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Cartas-->Lê quem quer... -- 26/10/2005 - 11:36 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Ao contrário de meus laureados anos de juventude, adquiri certa tolerância com meu semelhante, mesmo que o tal não mereça tolerância alguma. Isso até um limite suportável de meu intrínseco controle neurológico.
Se há algo que me deixa literalmente PUTA são certos abusos e desrespeito.
Não...
Não é o caso da citação que a seguir farei. Este, ao contrário, deixou-me enternecida e até me fez repensar sobre a filosofia do bem viver.
Recebi um e-mail, pouco letrado, de alguém que me inquiriu desta forma:


“Vejo que você não arreda a bunda do computador.
Percebo que está o dia inteiro escrevendo.
Não fica cansada, nem tem medo de ficar aleijada, toda entrevada”



Bem...
Já que esse leitor me lê com tal assiduidade, até merece uma resposta pública.
Só não vou citar-lhe o nome, que ele poderia ruborizar-se com tamanha deferência.
Então eu lhe satisfaço a curiosidade, mais para exercitar minha escrita, já que sobrevivo psicologicamente dela:

Pra início de conversa, não costumo dar satisfação de meus atos a ninguém. Para isso consegui, com o suor do trabalho e muita determinação, minha independência socioeconômica. Não dependo, em nada, de ninguém. Das pessoas que me cercam, só quero carinho e respeito, assim como lhes dou, na medida em que sinto isso viável.
E, caríssimo leitor, minha bunda está confortavelmente acomodada numa cadeira azul, de rodinhas, que me leva onde eu quiser. Não... Não arredo a bunda dela, em absoluto!
Imagine, gastar minhas energias, levantando-me de minha doce cadeira AZUL...
Quando quero água, uma fruta, ou coisa semelhante, toco uma sineta para os criados e eles, sem pensar, já estão ao meu redor, cada um querendo ser mais útil do que o outro. Trazem até uma baixela de prata, caso eu necessite de cuspir.
Dia desses, tive uma crise de espirros, por causa do vento, e lá vieram eles cada qual com um lencinho de uma cor, para que me servisse a gosto. Está claro que escolhi o lencinho AZUL.
Deve estar se perguntando agora, se não arredo a bunda da cadeira, como faço para banhar-me
e fazer outras necessidades inadiáveis...
Muito simples...
Banho?
Apenas um por semana,
pois, como não me movimento, pouco transpiro
e não fico suja...
Assim economizo a água do planeta que está cada vez mais escassa.
Sou uma cidadã ecológica.
As necessidades “inadiáveis” também não acontecem com freqüência, porque gastando meu tempo, quase integral, no computador, esqueço-me de comer, o que naturalmente impede que se forme em meu organismo algum “bolo alimentar”.
Xixi? Ah! Esse eu faço, sim... Pois, para me manter viva preciso me hidratar. Mas nem é preciso levantar-me para isso. Foi adaptada, à minha cadeira AZUL, uma canícula cor-de-rosa ligada diretamente à bexiga, que expele o xixi para um recipiente transparente que se torna amarelinho após o ato de urinar, e este fica acoplado ao fundo da cadeira azul.
Como pode perceber, vivo num ambiente todo colorido e saudável.
Após as atividades de cômputo, que às vezes pode virar madrugada, meus criados, em número de quinze, todos vestidos de AZUL, carregam-me para uma maca dura, onde me dão massagem e ativam meus músculos, com essências de ervas do mato. Depois disso, levam-me para a cama macia, onde durmo com meu gato Felisberto, que adora o cheirinho acre de minhas essências.
Como vê, meu fiel ledor, a vida pode ser bem generosa quando dela aproveitamos todas as chances.

Na falta de um abraço, dou-te um sutil conselho:

Vai a qualquer sistema de “busca” e digita a palavra “sexo”.
Abrir-se-ão para ti inúmeras possibilidades.
Fica com aquela que, de algum modo, atenda à tua necessidade mais urgente. Sabes qual é, não?









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