Perdi o rasto do teu aroma.
O sabor do teu rosto desceu
ao vazio do esquecimento,
deixou marcas de sal,
insinuou um rumoe vago,
emprestou vigor à saudade,
acendeu a doçura estranha
da dor residente. Voltou
a sombra de bosque nenhum,
o vento imperceptível
das pegadas longínquas.
Ardo nos rios da tua silhueta,
desconhecedor das margens,
barqueiro desautorizado,
sem porto nem embarcação.
Rumo ao horizonte de um
olhar que me esqueceu,
a pele sobe em fogo e maré. |