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Poesias-->Toc toc!!! -- 11/12/1999 - 16:03 (Max Diniz Cruzeiro) |
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Ouço o barulho da porta
a ruir em meus ouvidos
e onde está a mão que a fará abrir?
Uma porta pequenina.
Nunca pensei que uma pequenina
pudesse minha passagem deter.
Mas o que há por detrás da mini muralha
que meu coração se torne transeunte,
e passa a caminhar da passividade
de seus suaves batimentos,
para trombetas a romper os tímpanos.
‘Olho a fechadura.
Reflito: Por que não me deixam entrar?
Será a porta o começo do que não se alcança
ou término de uma jornada?
Assim como a porta,
vejo o retrato.
Imóveis, parados no tempo
a espera de algo que os façam movimentar.
Uma porta aberta é um novo retrato
que a máquina da vida dispara
em flechas de luz que reluzem o momento.
Mas como um retrato pode abrir como uma porta?
Na concepção de que o retrato
por si só é o espelho que reflete o passado.;
e quando o presente deixar de ser o passado
para ser movimento,
a verdadeira face será localizada.
Até lá, só me restará bater toc..., toc..., toc...
e tirar retratos para que um dia me recorde
das muitas faces que tive.
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