Os deslizes freqüentes de um monte de areia acabam por predispor um sistema natural à iminente ocorrência de uma avalanche que o impele a buscar uma nova ordem, mais evoluída. Terremotos e outros fenômenos naturais acontecem dessa maneira. Quando o sistema estudado é o ser humano, as avalanches são traduzidas por doenças graves ou crises existenciais profundas. Nesses casos, o organismo como um todo está pedindo uma mudança radical de atitudes e comportamentos. Que adianta um medicamento alopático, por mais eficaz que seja, se não acontecerem as transformações radicais necessárias a esse ser? Essas, se ocorrem, o fazem por escolha do ser em viver na verdadeira liberdade de amar a si e ao outro no contexto do cosmos universal que coopera para a evolução de cada um. “Tudo coopera para o bem dos que amam a Deus” não é uma frase paulina que faz sentido? E o perdão nessa história? Condição essencial! O desejo de crescer e evoluir além dos padrões formatados da sociedade? Idem! O que é possível conseguir com isso? O impossível! Milagres, portanto, são ocorrências naturais para o ser humano íntegro. Para esse, o salto quântico é mais que natural também. E “homens de pouca fé” passa a ser uma expressão muito apropriada para humanos que teimam em não serem deuses, nas palavras do próprio Mestre transcritas pelo discípulo que ele amava.