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Artigos-->Otimismo da ação -- 14/07/2003 - 10:11 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O mundo andou para trás. Foi o que a Organização das Nações Unidas constatou, através do Índice de Desenvolvimento Humano, instrumento aferidor que ele leva em conta escolaridade, expectativa de vida e renda per capita. O que mais chamou a atenção nos anos 90, segundo o relatório da ONU, foi a “extensão da estagnação e dos reveses, que não haviam sido vistos nas décadas anteriores". O balanço da década foi realizado em 175 países. Em 54 deles, a renda per capita está mais baixa que em 1990; em 34, a expectativa de vida diminuiu; em 21, há mais gente passando fome; e, em 14, mais crianças morrem antes dos cinco anos. "Para muitos países, os anos 90 foram uma década de desespero", admitiu Mark Malloch Brown, administrador do programa da ONU.

O documento aponta três exemplos de países onde o crescimento econômico não debelou a pobreza. Na Indonésia, Polônia e Sri Lanka a pobreza aumentou nos anos 90, ao lado do avanço do Produto Interno Bruto (a soma de riquezas produzidas). Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia, ex-economista-chefe do Banco Mundial, apresentando o documento, afirma: “De acordo com determinados indicadores, a pobreza aumentou na América Latina nos anos 90, ainda que em muitos países houvesse crescimento”. E diz que os benefícios da globalização “favoreceram os ricos de maneira desproporcional”. Em outras palavras: uns foram beneficiados; outros, não. A ONU ainda considera que, não fossem os avanços na China (que tirou 150 milhões de pessoas da pobreza no período), as estatísticas seriam ainda mais negativas. De 1990 a 1999, o número total de pessoas no globo vivendo com menos de US$ 1 por dia diminuiu em 123 milhões (atingindo um total de 1,17 bilhão). Excluída a China, portanto, o planeta viu aumentar tal parcela da população em 28 milhões de indivíduos. "A China alcançou o mais alto crescimento econômico sustentado da história humana, conseguindo aumento per capita real de 8% na década passada", apurou a entidade.

Vivemos –o relatório da ONU retrata– num mundo em crise, o que cria situações perigosas. Violência urbana crescente, valores éticos e morais que sucumbem, misticismos que se multiplicam, individualismo que se exacerba... Problemas não faltam aos viventes. Época de crise gera humanidade em crise.

O homem é historicamente determinado. Desenvolve-se e vive em condições tais, em quais relações sociais. Não é, contudo, mera vítima das circunstâncias. Pode, levando em conta as leis naturais e sociais, optar por rumos, apontar caminhos, experimentar meios e modos para tornar superior suas próprias condições de existência; construir, conscientemente, sua história. A atividade humana é criadora. Não é mera constatação e adaptação à situação circundante. Ao ceticismo da inteligência, adiciona-se o otimismo da vontade.

Ação individual, associação com outros que busquem iguais objetivos, correspondência entre realidade e possibilidade são formas de interagir com a realidade. Nos trouxeram onde estamos, é verdade. Mas verdade é também que outros caminhos são possíveis e estão sendo buscados. Cada pessoa participa, conscientemente ou não, para modificar (ou manter) o ambiente social em que vive. Atuar da forma mais eficaz é o desafio daqueles que, inconformados com o atual estado de coisas e sabendo que a crise se verifica justamente por estar ocorrendo o ocaso de uma relação social esgotada, têm a intrepidez e coragem de construir uma nova sociedade.

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