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Poesias-->ROSA DE PEDRA -- 13/10/2001 - 13:38 (Gerson de Moraes Gama) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ROSA DE PEDRA



Rosa dos ventos, rosa dos murmúrios, rosa das rosas, dentre milhares

de rosas és pequena e sofrida, de pétalas sensíveis de aroma singelo.

Pobre rosa, nasceu sem saber o que seria, sem direito a escolha ou a

padrinho, roupas não tinha, menos ainda comida, miséria era seu

destino.

Triste rosa, cresceu sem saber ler, sem ter o que dizer, apenas ouvindo

os gritos das ruas, da solidão da noite, das torturas do silêncio.

Menina rosa, não pediu para nascer, ninguém lhe perguntou o que

queria e não lhe deram a chance de escolher.

Rosa desabrochada, pequena e ainda frágil fugindo das ruas, medo

estampado em seus olhos que cerrados preferiam não ver o que

se passava.

Rosa que não teve a chance de escolher seu próprio caminho, que

não lhe perguntaram sobre seus espinhos, que sempre lhe negaram

carinho.

Criança rosa tão bela e esperta, sem condições de aprender do que

seria capaz, jogada na rua sem terra, sem àgua, sem cultivo para se

tornar uma flor.

Apenas rosa, quantas rosas existem e quantas mais existirão

maltratadas pela violência, incubadas em suas estufas presas na

falta de escolha, na ambigüidade do homem.

Rosa mulher, tão triste e acabada, ainda jovem e tão censurada

sem jeito de ser o que sempre sonhou.

Rosa que a vida fez, não lhe deram pedaço de chão para que

tu cresceste.
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