Nem às galeras, nem ao calabouço
Espero o passar dos tempos
Entre dedos feridos, amordaçados
Impotentes diante do açoite constante
Não tenho a compaixão das catástrofes
Que aniquilam num quase segundo
Nem o corte profundo das epidemias
Que me apague o pensamento
Engulo a morte lenta, manhosa
De viver o suspiro das horas
A ver espalhar-se a idiotia
Preguiçosa, fútil e cruel...
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