Quando escrevi O movimento dos Sem-QA pensei várias vezes antes de publicá-lo. Imaginei que estaria comprando uma briga - certamente desigual – com alguns colegas de Usina.

Mas entre correr o risco de colocar minha opinião em pauta ou tornar-me um omisso, resolvi correr o risco.

Cada usineiro tem suas razões em estar e freqüentar esse site. E é uma diversidade muito grande de pensamentos e condutas. Desde os que tentam aprofundar e elaborar um pensamento aos que estão apenas para obstruir o intuito literário do Usina.

Como é um site que não pede passaporte de quem quer que seja, e com a amplitude democrática que o encerra, faz parte a inclusão dos que estão pouco interessados em literatura e opinião construída e o debate de idéias.



Contudo fiquei decepcionado com a repercussão daquele texto, foi pouca, pra não dizer mínima, diante de uma tragédia anunciada ou previamente sentida por mim.

Com exceção do companheiro Lumonê que abriu e escrachou sua opinião favorável, como também a amiga Milene que se posicionou de acordo, inclusive inserido o texto no QA. Os demais foram de um silêncio sepulcral.



Quando afirmei que “Há uma combinação tácita, talvez involuntária, de não citar os que não são assinantes” não imaginei que estava escrevendo a verdade. Com todo o respeito que os ínclitos amigos freqüentadores do QA merecem, a comparação casa grande e senzala, fica evidenciada. Estamos formando uma categoria incluída e uma excluída de escritores.



Para alguns a solução é simples: pague e entre. Seja você também um incluído.

Mas no meu entendimento há um cunho ideológico por trás. Infelizmente é o que eu penso.

Sou um militante da sócio-economia solidária e vejo assim a atual conjuntura do Usina.



Tudo bem, de repente a minha sugestão seria, em suas óticas, frívolas. Socializante para uns. Petulantes para outros. Entretanto, não há o desejo, nem a intenção, de agradar a todos muito menos os administradores do Usina.

Foi apenas uma sugestão baseada em uma constatação, que poderá estar certa ou errada. De pendendo do ângulo que se olha.

Mas sinto-me envaidecido com as opiniões da Milene e do Lumonê. Duas pessoas que eu admiro e prezo muito. As suas opiniões bastaram para eu ficar satisfeito com o texto.



O tema “Usina” jamais deverá ser esquecido nos debates.

É com essa intenção que contribuiremos e aprofundaremos as sugestões para que os administradores do Usina tomem suas decisões.