Usina de Letras
Usina de Letras
25 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62275 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10382)

Erótico (13574)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5454)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140817)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->UM PASSARINHO FEDORENTO -- 19/07/2007 - 10:33 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bocage e seu amigo Manú estavam numa estrada a caminho de Lisboa. O sol escaldava e ambos tentavam se proteger em pequenas sombras de oliveiras com poucas folhas.
Bocage sentado numa pedra dizia:
-Ah! Não vou andar mais! Estou muito cansado. E você Manu?
-Eu tambem estou cansado. Mas, o que se pode fazer. Não podemos pagar pela próxima carrua que passar. - respondeu Manu, bem chateado.
Ah! Eu vou dar um jeito nisto. Vossa mercê que fique aí. Eu me vou.
Dizendo isto, Bocage foi para o meio da estrada e baixou as calças e defecou um enorme tronço. Manu ficou nervoso e disse:
-Oras, tu ficaste louco, homi? Disse que ias embora e fazes é cagar? E agora temos de aturar esse fedor horrivel!
Bocage respondeu:
-Cala a boca, rapaz. Tu não sabes nada! - Enquanto dizia isto, o velho poeta puxava a calça e ajeitava-a na cintura. Depois tirou o chapeu e cobriu o tronço fedorento.
Não demorou muito apareceu um cavaleiro. O viajante parou próximo ao Bocage, que segurava o chapeu sobre o cagaião.
-Que tu fazes aí, ó senhorio?
-Estou segurando um belíssimo pássaro cantador.- respondeu Bocage.
-Que pássaro é? - indagou o viajante.
-Non sei bem o que seja. Só sei que é bastante colorido. Joguei o chapeu e ele não pode fugir.
O viajante desceu do cavalo e interessou-se pelo tal "pássaro".
Bocage então, disse:
-Preciso pegar minha gaiola que está a uns quinhentos metros depois da curva. Empreste-me o cavalo sim? Já faz tempo que estou a segurar o lindo pássaro e ele já deve estar com muita sede! Trarei água pra ele também.
-Está bem - concordou o viajante entregando-lhe as rédeas do cavalo.
Bocage subiu no cavalo e desapareceu na curva trotando o alazão.
Manu tinha desaparecido quando percebeu o golpe.
O viajante esperou um tempao e nada.
Resolveu então pegar o pássaro e levá-lo consigo, no encalço do poeta, que supunha ter ido buscar a gaiola e um pouco d água.
Quando meteu a mão por baixo do chapeu agarrou o tronço e percebeu a cagada feita.
-FILHO DE UMA PUTANA!!!! - Ouviu-se esse grito em meio às oliveiras, até próximo dos arrabaldes de Lisboa.
E muitos dizem que até hoje ouve-se pelo meio-dia, quando o sol está escaldante, o grito de alguém com raiva.

(Jeovah de Moura Nunes)


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui