Porque não cremos no espiritismo
Fernando Zocca
Não é o espiritismo que salvará sua vida. Não são os textos de Allan Kardec que o livrarão da perseguição dos fanáticos loucos, cegos pelo ódio e ignorância.
Não são as obras espíritas, que o porão a salvo do bisbilho das histéricas e dos escravizados por elas.
Não são os seus vizinhos que o livrarão dos murmúrios malignos, da maledicência, da rogação de pragas, feitas por esquizofrênicas irrefreáveis.
Não são os médicos espíritas, os psiquiatras espíritas, ou os manicômios espíritas que solucionarão seus problemas biológicos, psicológicos ou sociais.
Se você é daqueles que vai aos centros espíritas tencionando fazer o mal a alguém, você ainda não entendeu o princípio do cristianismo. E quem persegue alguém dizendo que "vai pagar" e põe nesses dizeres muita emoção, saiba que não está agindo como agiria Jesus Cristo.
Se você ainda carrega ódio no seu coração, e por causa disso menospreza, desmerece e desmoraliza aquela pessoa que tanto o desagradou, pode ter certeza que você não está tomado pelo amor de Jesus.
Pois aquele que persegue, bisbilha e desmerece os outros, age semelhante àqueles que perseguiram e crucificaram Jesus Cristo. Quem age assim desagrada a Deus.
Não pode mesmo abrigar a doutrina cristã, o centro espírita que percebendo dentre seus freqüentadores, a existência de pessoas que obsidiam outras, omite-se na evangelização, deixando de esclarecer que Jesus nunca ensinou ninguém a fazer maldades aos outros.
Em suma, Cristo lecionou e exemplificou, com a sua própria vida, que era melhor suportar a maldade do que ofender a Deus.
Aquele que diz "ser o que é, ser o que era e ser o que foi", desconhece que jamais se pode entrar no mesmo rio duas vezes, que nada é estático, que tudo se move e que Deus é ação, mobilidade, mudança.
Pode até mesmo ser considerado louco o indivíduo que acha ser todo mundo igual a ele. Mas também está bem fora da realidade, aquele que por crer no espiritismo, na doutrina espírita, acha que, por isso, pode ofender sem ser ofendido.
Por que haveriam de responder com amabilidades as ofensas recebidas? Por que não deveriam devolver ao espiritismo o que recebem dos espíritas? Porque Jesus nos ensinou que não se deve pagar o mal com o mal, e que devemos orar pelos inimigos, nos alertaria o nobre e sapiente leitor.
Mas até quando a súcia espírita protegida por pais, parentes, centros e políticos estúpidos têm o direito de malsinar a quem antipatizam?
Não gostamos e não gostávamos do espiritismo. Se quando éramos criança, fomos conduzidos a essa maluquice, ainda cabe-nos em defesa, o fato de que crianças não possuem o livre-arbítrio, o discernimento, a liberdade para expressar a indiferença, e a capacidade de saber o que é bom para si mesmo.
Para nós o espiritismo não serve. Para nós o espiritismo é sinônimo de desequilíbrio, desvairamento, ignorância, obsessão e hostilidade. E saibam vocês meus amigos, minhas amigas e senhoras donas-de-casa, que até o presente momento, não surgiu ninguém para nos provar o contrário.
Isso tudo é o que pensamos, o que sentimos, e o que temos dito.
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