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Cordel-->Do Autor Desconhecido -- 20/06/2002 - 03:30 (Luiz Delfino de Bittencourt Miranda) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LITERATURA DE CORDEL

Lá do Nordeste amigo,
por favor me dê ouvidos
para uma estória narrar;
daqui eu ando sumido,
mas meu desejo é expressar
sobre o autor desconhecido.

Por autor desconhecido,
toda a gente já conhece;
ele vem depois do escrito,
quer seja verso ou prece,
para Deus ou para o amigo,
para quem nunca se esquece.

Existe tanta magia,
em cada estória contada,
também há melancolia,
em prosas pra bem amada,
e quem gosta de um bom riso,
tem anedota engraçada.

É coisa tão bem narrada,
que se perde até nos tempos,
nas manhãs ou madrugadas,
ativam os pensamentos,
das majestade nos templos
e da plebe abandonada.

E pra criar confusão,
nunca se viu coisa igual,
quando o texto em questão
vai pro direito autoral,
não se dá registro não,
pois nunca esta nominal.

É tanta coisa bonita,
muito poema pra ler ,
é tanta tela de artista,
com o nome pra escrever,
mas a danada da risca,
não quer nunca aparecer.

Será que o autor não sabe ,
que no final se põe nome,
ou será que é o copista,
que com a verdade some,
e nem sequer nos dá pista
ao menos c om sobrenome.

Mas a verdade aparece,
em algum lugar e tempo,
quando o verbo enaltece,
um sonho... um pensamento
e nasce então nova prece,
em novo acontecimento.

Estas linhas meu amigo,
podem nunca se acabar,
se continuar escondido,
- ou se cabo querem dar-
o autor desconhecido,
de forte cantarolar.

Por agora me despeço,
do nobre bardo querido
que no seu canto Natal
é honrado e conhecido,
e por onde tangiversa,
de pé é sempre aplaudido

***

Do autor desconhecido
não sabemos quase nada
além do direito conferido
à palavra abandonada,
penso aqui neste conflito
e fico muito mais enrolada.


Andréa Abdala 10/05/2002
***

E dá-se que o dito cujo,
tem toda a escrita estampada,
por versos bem alinhados,
não esquecendo de nada,
de português ordenado,
não engole uma palavra.

Luiz Delfino
***

Vou me meter nessa trova
de Andréa com Delfino,
mas aviso, lua nova
eu rimo com desatino,
e sempre que faço prova
tiro dez desde menino.

Adriano de Medeiros
***

Tira não doutor Medeiros,
pois você é conhecido,
tem fama de zombeteiro,
e de versar atrevido,
é certo que pouco sabe,
sobre o autor desconhecido,

Luiz Delifino
2052002
***

Para mim é uma alegria
tê-lo conosco nesta prosa
o amigo sequer imagina
como se dança nesta roda,
a voz do poeta desconhecido
faz-se ouvir por toda a roça

Muitos estão preocupados
em conhecer o tal distinto
autor de nobres recados
isolados, até me arrisco
apostam casas e trocados
por um nome sem batismo.

Andréa Abdala
12/05/2002

***

Cara amiga, quando cismo
posso até fazer poesia,
sou matuto sertanejo
nascido em Santa Luzia,
quando pego no forró
vou até raiar o dia.

Entro em qualquer latumia,
gosto de gato e de cão,
nas sextilhas de cordel
dou corda a meu coração,
brinquei até com o Diabo,
a Jesus peço a benção.

Ia um aperto de mão
do repente no ensejo,
mas apareceu sereia
e Pã com seu realejo,
e como era pra você,
não poderia esquecer:
preferi mandar um beijo.

AAM

***

Parece que dona Andréa,
não quer lhe dar a resposta,
ou ficou toda engasgada,
com esta sua proposta,
de beijar uma sereia,
cujos lábios sejam rosa.

O senhor que é ditoso,
na profissão de barbeiro,
nunca será mentiroso,
já que no verso é certeiro,
do escritor desconhecido,
diga o que é verdadeiro.

Ontem mesmo li poemas,
bem num dia consagrado,
pois era o dia das mães
um dos mais abençoados,
puseram verso do alheio,
e assinaram do lado

Um poeta foi roubado,
pela obra que escrevera,
na cova virou de lado,
perdeu a paz derradeira,
ao ver seu verso assinado,
por quem não é de primeira.

Doutor então lhe pergunto,
e a todos os assistentes,
não era melhor pro vil,
- que foi pego num repente -
nunca ter escrito nada,
na frente de toda a gente.

Fica aqui a teimosia,
e pergunto novamente,
sempre é melhor valia,
ser humilde tão somente,
ou ser um desconhecido,
do que ver vergonha em frente.

Todo o autor desconhecido,
é formoso no que escreve,
deve ser embevecido,
ser orgulhoso e se preze,
por tanta reputação,
pois tudo dele nos serve.

Mas quando se vê copiar,
um soneto consagrado,
doutor me ponho a gritar,
como seu eu fosse o roubado,
e pra todos alardear,
deixo o silêncio de lado.

Sempre de fato e direito,
se não constar nominia,
deve-se ter o respeito,
e se dar grande valia,
à obra que não tem jeito,
de se saber a autoria.

Mas quando a obra narrada,
é por muitos conhecida,
é por outro apresentada,
como obra jamais lida,
o feitor da empreitada,
nunca deve ter guarida.

É mesmo assim seo doutor,
que deve ser castigado,
quem na ausência do escritor,
deixa a decência de lado,
e sem o mínimo pudor,
põe o seu nome assinado,

Vou lhe passando a palavra,
e lhe avisar sem demora,
que meu verso não se acaba,
como o que termina agora,
é que lhe passo a vez,
pro senhor não ir embora.

Luiz Delfino
13052002
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