Faz dias que chove, mas chove tanto,
Que acho que o céu está mesmo a chorar,
Pois, não seria a mim grande espanto
Saber que a causa é poder enxergar
Do céu, esta saudade que é tão triste,
De uma tristeza que nunca desite
Em deixar teu perfume em minha roupa,
Em lembrar o teu gosto à minha boca.
Mas, enquanto chove, o dia passa.
Passa meio cinza, meio sem graça,
Mas vai lavando aos poucos a saudade.
Então eu penso que amanhã, quem sabe,
Talvez toda essa tristeza, acabe,
E o céu nasca azul de felicidade.
R.P. 2001 |