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Artigos-->Criatividade do avesso -- 22/07/2003 - 19:34 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem disse que os promotores de eventos são incompetentes? Nada, apenas inveja. Há competentes e incompetentes com certeza.

No último domingo(20), resolvi passar na melhor e única praça decente de Porto Velho, já que as outras costumam ser tomadas por ambulantes, e normalmente estão sujas, para verificar o movimento.

Praça gostosa de levar crianças para um passeio, serve normalmente de palco para grupos da cidade revelarem talento aos sábados, na Feira do Porto, um projeto que anda meio tímido.

Surpresa desagradável na chegada. Caminhões com alto-falantes no volume máximo com música de péssima qualidade, agredindo os ouvidos de quem procura a praça em busca de lazer.

Um esforçado locutor, tentando animar as crianças, ou coisa semelhante, promovia um concurso para os meninos, oferecendo algum tipo de prêmio para que imitassem o dançarino "Lacraia", famoso pela música da Égua Pocotó.

Depois uma sequência de outras músicas também ruins, de ritmo fácil, próximas do intragável "axé-music", a antítese da boa música baiana.

E vai lacraia e alto som, no mesmo estilo dos barulhos infernais que tumultuam a avenida Jorge Teixeira, onde alguém vai achar que não existe nenhuma autoridade consciente para tomar providências.

Não quis perguntar quem organizava, ou melhor, quem desorganizava o espetáculo de mau gosto, mas pude perceber que criatividade e sucesso não sinônimos de ruído. Ninguém ainda conseguiu explicar isso aos promotores abaixo de medíocres que comandam alguns eventos na Capital.

Claro que perceber o mau gosto e a falta de criatividade é algo tão imediato e tão óbvio que chega a ser estúpido ter que explorar novamente este assunto.

Mas esta obviedade não encontra ecos na sociedade porto-velhense. As autoridades não podem tomar providências contra os caminhões equipados com alto-falantes e disciplinar o uso de equipamentos. É isso que se percebe. E os promotores não conseguem usar a massa cinzenta, por isso fazem barulho.

Músicas de moda e cérebros descansados fazem a tônica em locais onde o lazer deveria ser o ponto alto.

Talvez esteja na hora de abrir uma escola para os promotores de eventos, com orientação de autoridades ambientais e áreas afins para melhorar o perfil da Capital. Se engana quem acha que a cidade está ganhando.

Se eu fosse turista escolheria uma cidade onde o bom gosto é maior, e as autoridades têm autoridade.

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