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Artigos-->Boné da discórdia -- 22/07/2003 - 19:42 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mais uma vez o presidente Luís Inácio Lula da Silva mexeu num vespeiro. Mas desta vez sem intenção. Cometeu o erro da espontaneidade, esquecendo que os dirigentes de Estado devem ser maquiavélicos, frios e calculistas, mesmo quando sorriem ou sentem dor de dentes.

Lula recebeu no dia 2 de julho corrente artistas do palco e do campo. No campo do palco cantores, dançarinas, atores, gente ligada ao mundo dos direitos autorais, que foram agradecer o combate à pirataria(hoje estou particularmente feliz por ter descoberto que um texto feito para uma jovem estudante carioca foi plagiado, e até me qualificaram como jornalista do Rio de Janeiro na internet). Lula brincou com Sheila Carvalho e Sheila Mello, as rainhas do Tchan, além de conversar um pouco com Gabriel o Pensador, filho da collorida Belisa Ribeiro, ex-apresentadora de telejornais da Rede Bandeirantes.

Mas Lula não escorregou com as bailarinas nem com o pensador Gabriel. Escorregou na espontaneidade de colocar sua cabeça de presidente de um problemático país o boné do Movimento dos Sem Terras, um dos mais criticados pela sociedade conservadora brasileira.

Lula esqueceu por um momento que entre os seus governados existem fazendeiros acostumados a contratar jagunços, como aqueles que tomam conta de fazenda ali em Cujubim, e que estes fazendeiros têm representantes em partidos tradicionais, como é o caso do PFL, PTB, PSDB, e mesmo no PMDB, que tem múltiplas facetas.

Lula esqueceu que há pouco mais de dez anos os presidentes eram nomeados e escolhidos por juntas militares, conservadoras, que não conseguiam visualizar a reforma agrária, com medo de trair suas origens.

Lula, por não ter frequentado os bancos universitários, talvez não tenha aprendido que os conservadores, desde as Capitanias Hereditárias, escolhiam um filho para ser padre, outro para ser advogado ou juiz, mantendo assim engessada a ordem política do nascituro Brasil.

Lula esqueceu também que entre alguns dos partidos que agora se apresentam como aliados a palavra reforma agrária significa devolver terras griladas ao longo de décadas, mexer nos coronéis e nos feudos assoberbados de poderosos ignorantes, que ainda não entenderam que a reforma agrária pode melhorar a circulação de capitais e gerar empregos no campo e na cidade.

Lula esqueceu também que estes senhores conservadores gostam mesmo é de aparentar poder, mandar a polícia espancar manifestantes, e acima de tudo, manter a terra como símbolo de autoridade.

Lula esqueceu acima de tudo, que embora tenha vindo de uma área humilde do país, os conservadores não gostam dos humildes. Alguns por certo prefeririam o presidente usando um capacete e apontando uma metralhadora para os trabalhadores rurais.

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