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Poesias-->Ampulheta -- 20/10/2001 - 19:19 (KaKá Ueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Ampulheta"







Não sou eu quem procura, lembrar de um passado...

São minhas lembranças que insiste não esquecer...

Eu juro que tentei, e ainda estou tentando...

Você só precisa dizer oi!

E eu ficarei em paz...

Meu coração parará de judiar-me,

por favor tenha piedade...



Às noites tem sido de velar meus pensamentos,

para não esquecer-ti...

Nada que eu faça ou tentei fazer deu certo.

Você podia ao menos, quietar-me,

fazer isto que dói em mim pará.

Não suporto viver entre às pessoas,

que nem ao menos são capazes de perceber o que sinto...



Por favor pare de magoar-me,

eu não quero pensar nas conseqüências,

de como seria se eu sentisse ódio em vez de amor,

quando este sentimento tomar um outro rumo...

Não serei responsável por tal destino.



Em quanto, minha alma se arrasta de dor...

Ferozmente tento disfarçar o que não da mais para segurar.

Um sorriso falso sem intenção abriga-se,

no instante de descontração.

Se o mundo pudesse me ouvir por dentro,

saberia que nem vivo...

Perceberia que nada mais em mim faz sentido...



Teus caprichos de levar adiante,

de alimentar tua ira,

não entendes o quanto estás me ferindo...

E propositadamente matando-me aos poucos.

Porque não procuras compreender?

Que ao jogar-me ao gueto,

onde vagueiam os seres que como eu, não tem paz...



Eu não quero desejar-ti mal,

mas, desta forma não suportarei por muito tempo.

Aquela estrutura forte e feliz que um dia viste, conhecesse,

Não mais existe, ela ruiu, desmoronou,

secou, está apodrecendo,

se voltares a tempo poderá ser que venha se salvar.

Por isso te peço, volta agora,

antes que seja tarde demais.



O tempo esta passando diante da minha vida,

que mal percebe, quando é dia ou noite...

Sabes que estarei aqui, esperando-ti...

Não importa, o quando vai levar para isto acontecer...

Eu estarei te esperando.

Só depende de você.





KaKá Ueno.

19 10 01.

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