82 usuários online |
| |
|
Poesias-->O NADA -- 21/10/2001 - 01:28 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) |
|
|
| |
O interstício
Um espaço vazio
Um buraco no tempo
O vazio do nada...
Onde existo
Estou perdido
Estou distante de mim
Estou opaco
Estou sem foco
Vivo inócuo
Estamos distantes
Procuramos caminhos tortos
Andamos errantes
Estamos perdidos
Sentimos dores
Eu sou o Peixe
Tu és a água
Eu sou o Peixe
Que nada... que nada... que nada!...
Para o nada.
Tu és a Água
Sendo eu o peixe
Tu és a Água
Que água... que água... que água!...
Para o nadar.
Eu sou o Peixe
Que nada... nada... nada...
Bebendo água
Água que abriga o Peixe
Que engole Água.
Não sinto mais nada
Apenas nado
Nesta Água que água
Minha raiz de peixe
Que brota o nada.
Só sinto dores
Dores que sentimos
Sinto a dor que dói
Em todo o corpo
Até a longínqua alma
Se tu és água
Também podes ser o anzol
Que me fisga
Sem nada.; sem isca
No simples nadar em ti: Água.
(THA©KYN - 19/10/2001)
|
|