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Cartas-->Carta a Mr. Hyde (I) - alterada -- 24/02/2006 - 18:10 (Nicola Aliberti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não sei se esta carta chegarácute; à sua mão, Sr. Hyde. É praticamente impossível que nos vejamos algum dia, ou noite. Nosso destino é tal que não pode nos permitir tal encontro. Por enquanto sou eu quem estácute; falando; em breve, porém, não serei mais. É o Sr. quem avança. Sorrateiramente vai ocupando os mais distantes recantos de minha alma. Jácute; não pareço comigo. Não sou eu. Tua entrada em cena faz-me voltar ao animal que a humanidade tanto lutou para superar. Volto a ser aquele bicho, instinto puro de sobrevivência, que come e copula como uma besta em busca da perpetuação da espécie. Jácute; não distingo bem ou mal, não sou capaz de ter um perfil moral. O Sr., Mr. Hyde, é o pesadelo de muita gente como eu. Só que nos visita com nomes e caras bastante diferentes. O Sr. é um alter ego para as cabeças sufocadas pela racionalidade e sujeitas à perda da autonomia, como Frankenstein. És produto do gênio científico, mas também fruto de meus desejos naturais mais fortes. Por isso, Sr., escrevo antes de ter bebido toda a química que trarácute; teu domínio absoluto sobre mim. E quando consolidares tua presença, não mais este que lhe escreve estarácute; aqui. Rogo- e espero- ter forças para conter a fúria de teu assédio. Temo que sejas, também, só mais um dos meus complexos de culpa, com mais um disfarce. Às vezes tua sombra vem com as vestes de um duplo. Um anti-nicola à espreita, pronto pra tomar meu lugar. Mas tenho notado que o Sr., quando se avizinha, percebe que estou em dúvida sobre quem eu penso que sou. Se me canso de meu ser, uso o Senhor, Mr.Hyde, exatamente como fazia meu amigo, o Sr. Jekill, em sua desesperada fuga. Tenho pouca esperança numa resposta, sabendo de sua incapacidade para articular um mínimo de discurso racional na imersão de tal animalidade. A sorte estácute; lançada. Adeus.


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