Desde que Fernando saiu daquela empresa, estava com desejo e vontade de dar um telefonema.
Por fim, naquela manhã, sem ninguém em casa, resolveu falar com a telefonista da antiga firma onde trabalhou meses atrás.
Fez a ligação e esperou para saber se a voz era da Sandra mesmo.
— J.J. Adm, bom dia!
— Bom dia Sandra, lembra-se da voz?
— Fernando!?
— Sim... eu mesmo.
— Quanto tempo. Como vai você?
— Sempre pensando no teu corpo. Você ainda é o tesão da minha vida!
— Fale baixo. A sala está cheia.
— Como eu vou esquecer aqueles dias, quando ficava encostado em seu balcão e ao segurar as suas mãos os bicos de seus seios pareciam que iam furar o tecido da sua blusa e do sutiã.
— Para! Não quero começar tudo de novo!
— Mas eu quero.
— Estou ficando vermelha!
— E, eu de pau duro. Pensando naqueles dois bicos salientes, os quais às vezes, sem ninguém na sala, eu roçava com a palma da mão.
— Para Fernando. Agora estou casada.
— Com aquele viadinho que você namorava?
— Sim, com ele mesmo.
— Porra, então eu tenho que ir aí, ajudar o moço a te fazer gozar de verdade!
— Estou ficando molhadinha, falou ela em tom baixo, só de relembrar o passado.
— Conta-me agora, quantas vezes depois de ficar batendo aqueles papos eróticos comigo, você foi se masturbar no banheiro?
— Espere que vou atender um cliente.
Fernando, que estava só de bermuda, já estava se masturbando, e pensando – quando ela voltar a falar vou dar a maior esporrada nesse telefone.
— Fernando você está aí?
— Sim meu amor. Mas me diga quantas vezes?
— A maioria das vezes eu fui me aliviar. Você me deixa louca.
— E, nunca demos uma trepada de verdade. Só punhetas, reclamou Fernando.
— Quando você desligar, sem dúvidas vou me masturbar. Já estou com vergonha do tamanho do bico dos meus seios. E estou suando na testa, no pescoço e no vão das coxas. Muitas vezes quando estou fazendo amor com meu marido, lembro de você. E gozo duas, três vezes seguidas.
Fernando não agüentou. Sentou em uma cadeira, colocou a cabeça do pau no bocal do telefone e gozou tudo o que tinha direito durante alguns minutos.
Foi aquele desastre!
O telefone desligado estava todo sujo. Até o assento da cadeira estava manchado.
Fernando foi buscar a sua toalha de rosto, limpou bem o aparelho, a cadeira o chão e fez nova ligação.
— Alô... de onde falam?
Uma voz estranha atendeu.
— Por favor a Sandra!
— A Sandra foi até o banheiro e já volta. Por favor ligue mais tarde!
Roberto Stavale
São Paulo, Julho de 2009.-
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