Ari de Souza, Usineiro mineiro convicto, resolveu escrever um texto "livros e livres", onde resolve citar obras relevantes para leitura, de forma realmente livre e poética, inserindo os títulos na própria narrativa. Percebo se tratar de um rapaz jovem e impressionado pelos livros, coisa rara e admirável em nosso semi-analfabeto país.
Num site como o Usina - que deveria ser puramente literário - onde o Dr. Douglas Amorim, descaradamente, tenta transformar em Classificados, tentando vender seu peixe psicoterapêutico, onde Leslie Holanda derrama suas paranóias psíquicas de forma gramaticalmente errada e inaceitável...
num lugar como este – sempre usado de forma diferente da proposta original - eu aplaudo Ari de Souza.
Aplaudo os poetas sinceros, como Kilandra, contistas e escritores brilhantes, como o Anjo caído de Swedenborg, por exemplo, as traduções de Zé Pedro e receitas culinárias da Milene Arder. Mas acho inadmissível pessoas que escrevem extremamente errado ou que tentam vender seu trabalho científico como aquele professor de inglês do meio do ano e, agora, este tal de Dr. Douglas Amorim.
Erros de português todos têm. Este meu texto deve, com certeza, conter alguns desvios, entretanto eu me refiro àqueles textos terrivelmente mal escritos como os da Leslie Holanda.
Essa gentalha quer entrar no Usina e não têm cultura, leitura, criatividade, e, ainda por cima, não procuram evoluir, não correm atrás; para mim devem ser desprezados. O Usina é cult, é espaço para Ari, Contrera, Zé Pedro, Bruno, etc.
Ari, na sua maravilhosa humildade, pede por isso. Grita aos quatro cantos que tem sede de saber mais, de conhecer.
Se eu morasse em Minas, com certeza, ajudaria pessoalmente o nosso sedento usineiro na sua busca pelo achado cultural literário, mas como vivo longe...na bela terra literária que é a Bahia...então eu indico, embora à distância, alguns títulos relevantes.
Antes disso, convido Ari de Souza e todos os meus admiradores a caçarem os escritores que inseri na lista dos "Maiores Gênios das artes e filosofia", em artigos. Claro que lá só encontramos os clássicos e muita coisa boa acontece fora deste âmbito, porém a vida é curta e eu quero absorver o melhor.
Aconselho os meus alunos, em sala de aula, a fazerem o mesmo.
Vamos aos livros que indico, por ora:
Já que você leu “o mundo de Sofia” e deve gostar de Filosofia, arrisque ler "A insustentável Leveza do Ser" de Milan Kundera...li aos 17 anos, quando meus interesses pela Filosofia eram bem maiores e foi para mim um marco.
"O vermelho e o negro" de Sthendal é um livro essencial e revela os dois lados da moeda entre a Igreja (negro) e a guerra (vermelho); "Crime e Castigo" de Dostoievski é uma boa introdução ao mundo estranho deste brilhante autor; "O castelo" de Kafka é uma obra de grande vulto e de perfeita escrita;
em termos de peça teatral, além de Shakespeare - cujas obras para mim indispensáveis são Otelo, A Tempestade e Macbeth - indico "Fausto" de Goethe e "Pequenos Burgueses" de Gorki que são excelentes, além de divertidos. Leia, também, todas as obras teatrais de Sófocles, para mim, insuperável desde a Idade Antiga.
Aproveite para ler minha peça teatral "Orlando" aqui no Usina na seção de teatro, pois é escrita sob inspiração clássica. Você vai adorar!
Mas não se esqueça de ler os clássicos dos clássicos que são Dante Alighieri, Cervantes, Platão...é por aí...com tanta gente grande para ler, por que perder tempo com escritores sem referências estéticas?
Estou aberto a discussões literárias, mas não via e-mail, apenas por carta aqui no Usina.
Obrigado!
Denison Borges - 2001
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