Agosto acorda
preguiçoso ainda
no seu bocejo
de promessas e hesitações,
ardem as pétalas
dos caminhos por beber
o teu rosto convida
os pássaros a cantarem
e o teu silêncio
revela-me a minha ignorância
da gramática do teu corpo,
da confidência do olhar.;
sento-me à beira-medo
encolhido em casulo nenhum,
fujo das nuvens e dos dedos
canto recitando as sílabas
do teu nome, desfolho
sombras de futuros passados,
hiberno na ebulição da dor.
--1 Agosto 19??-- |