Olho nas verdades,
dizendo que não sejas
dignas de uma certa lembrança,
o desejo que posso ter.
Se essas mesmas,
não há tenho,
o que posso dizer de nada mais justo,
do que a mentira.
Se sento no banco,
e começo a escrever loucuras,
meu corpo não sinto
e a história vai além do que penso.
Desejo que posso ter?
Que desejo é esse,
que quando converso e escrevo,
estou mentindo.
Histórias fabulosas,
fantasias um pouco mais,
se a loucura predomina,
o que posso dizer, se te amo.
Mas certamente,
o que falo, o que penso,
o que digo, não vale a pena,
não escute-me...
Certo de que essas mentiras,
essas lembranças,
sou eu uma péssima criação,
por lembrar que eu sou um juvenil,
correndo atrás de um futuro.
Hoje não sei se digo,
que o passado foi ruim,
mais a lembrança,
sou eu mais velho. |