Entre o céu e a terra,
entre o topo e a rés,
há um poema, um dilema
a espera e a vez.
Há o sonho, o fato,
o real e a ilusão.
A vida é mistério,
entre o teto e o chão.
A boca que fala que cospe e revela,
e a mesma que cala, engole e se fecha.
A mão que semeia em tempo de lua,
é amesma que mata no meio da rua.
A terra, que enterra o corpo no chão,
é a mesma que cede a vida pro grão.
Não sei se a vida é o início da morte...
Não sei se a morte é o começo da vida.
Eu sei que, em tudo, me encho de nada,
em meio de nada, fico cheio de tudo! |