Vejo flores!
Olores eu sinto além
dos odores de despedida!
Efêmero mundo que tudo mistura e
me torna místico com a
simplicidade de nada entender!
Sinto flor que nasce,
cresce e
murcha...
sem espinhos pouco machuca o corpo,
mas estraga o intangível,
satiriza o coração que embora não possa chorar,
chora em solidão!
Exprimo em rosas coloridas,
uma para cada dia do martírio,
murchas e secas inutilizam as horas
que repassam o meu sono de olhos que vigiam e
os tantos cenários ornados pela opacidade do enfeite
retratam uma vida desditosa reclamando alguém...
Gente que se misturou no infindável
ramalhete de rosas
a enfeitar a murchidão dos olhos
que se entristeceram por ver
os lábios sempre mudos querendo falar...
sempre!
©Balsa Melo
01.05.06
Cabedelo - PB
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