É um cara assim... Como direi?
Ah!
Legal... Cariocamente falando...
Já andamos às turras
e muitas vezes no esfolamos
mas saímos ilesos
assim... Como crianças quando brincam:
machucam-se
põem um pouco de mercúrio
e continuam a brincadeira...
Assim somos.
Uma amizade que, entre mortos e feridos
salvaram-se todos...
Mas não foi bem para falar sobre isso
que vim aqui... Foi para atender
a um especial pedido de meu amigo lusitano...
Sim... Ele me parece cansado
de ver minha careta,
já envelhecida e gasta pelos anos,
e, gentilmente pediu:
“- Mila, por favor!
Pára de publicar essa tua cara feia!
Se puderes, tira aí umas fotos da Bia, no maior número
de posições possível, por forma a apanhar-lhe o corpo
todo, e publica na Usina.”
É mesmo sensacional esse meu poeta predileto...
Tão sutil
para falar verdades
que me enternece sobremodo...
Mas o pior é que eu gosto...
Mas gosto mesmo de fotografar
esta minha cara já meio amassada pelos anos.
Sei que não sou mais
“um assombro de mulher”...
Mas eu gosto muito desta minha cara
Por ser “única”... Em cujos sinais
Vejo... Linda... A menina-mulher
Que fui e que serei sempre...
Por isso
em homenagem ao meu amigo
de tantas jornadas literárias
pus neste post
a minha bela imagem aos vinte anos
numa montagem de foto
com Bia
minha doce filhota canina...