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Cartas-->Cem (sem) Anos de Solidao -- 29/12/2001 - 13:53 (Ingrid Valiengo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sei que deveria ter lido o livro de Gabriel Garcia Márquez há muito tempo, mas fiquei empacada com outros autores e me perdi em outras palavras. O título não ajudou muito. Cem Anos de Solidão?! É muita coisa. Você vai dizer: não é nada disso, leia o livro. Eu sei. Conheço a história, já li outros livros do autor, foi só uma brincadeira.
Há muito tempo não ganho um livro de presente. O último foi justamente de você. Aliás, quantos livros nos demos? Lembra aquele sobre Astronomia que parei no começo com medo da Física? Pois é. Ao entrar em livrarias, ainda recordo nossas longas horas comentando os bons livros. É verdade que entrar em uma livraria sozinha não tem graça. Não tenho você para comentar, para não me deixar comprar livros demais e me oferecer os melhores. Você deve ter saudades de mim também. Do meu jeito de falar mal dos autores e dizer quanto odeio aqueles livros de poesias melosas que escorregam das mãos como manteiga do interior.
Sim, estou olhando para o livro de Gabriel agora. Não, eu penso em você, por isso não estou lendo. Quem mandou me dar um livro com esse nome? Agora estou pensando na solidão que você me deixou ao viajar tanto. Antes nós tínhamos nossa solidão. Eram juras de não amar as mesmas pessoas, de apenas gostar e olhe lá! A solidão da varanda da casa dos meus pais onde brigávamos ao voltar das festas ou colocávamos o corpo no chão para tirar o cansaço. Lembra da solidão dos telefonemas? Horas e horas contando as histórias, os dias no trabalho e a ânsia pelos dias de descanso. Riamos dos casos do colégio, dos amores infantis e a inexplicável vontade de achar pessoas que valessem a pena. Nós nos achamos cedo, é bem verdade e agradeço por isso.
Você tem razão. Devo ler o livro e esquecer o passado, solidão ou algo mais que esteja martelando na minha cabeça. Eu disse que não ligaria para você no Natal pois estaria longe e o livro veio como protesto, eu sei. Sei também que mesmo de longe ainda nos comunicamos atraves das pequenas lembranças. Talvez por isso, eu tenha que "conversar" um pouco com Gabrile garcia Marquez.
Por tudo e pelo livro, vou parar de escrever agora. Só quero que você saiba que por causa de tantos livros e pela vida que tivemos, eu sinto sua falta. Sei que ha mais de "cem anos de solidão"estou dizendo isso. E espero seu questionamento.
Agradeço pelo presente e espero que dia desses você venha a minha casa para conversar. E então eu poderei dizer que li o livro e ao ver você partindo de novo, vou pensar em mim, no livro e em você. Nessa hora, enfim seremos um só novamente, sem nenhum momento de solidão.
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