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Poesias-->LOUCEIRO -- 27/10/2001 - 14:05 (IRAN ESTEVAM BARBOZA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A enorme cesta aos ombros,

o rosto suarento,

as palmas no portão.

Era o louceiro!



Da enorme cesta

pulavam para os nossos olhos

roupas cheirando à loja,

utensílios e vasilhas a preços convidativos.;

até brinquedos ainda virgens no plástico.

Era o louceiro!



Nós - as crianças - rodeávamos a cesta mágica.

Pouco ou um quase-nada podíamos comprar,

mas a alegria alumiava nosso rosto

quando, às palmas,

acorríamos para fora

e, eufóricos, gritávamos:

- Mãe, é o louceiro!



Cada peça exposta,

cada preço regateado,

cada compra feita ou frustrada,

perderam-se na memória.

Porém algo ficou...

Era o louceiro!



- Pode levar, dona.

- Se não servir, semana que vem eu troco.

- Pode pagar depois.



A voz baixa e a presteza

com que recolocava a cesta aos ombros

para bater à porta do vizinho

nos fazem sorrir em lembrança ainda hoje.

Era o louceiro!
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