“os grandessíssimos filhos da puta não têm mãe nem pai. Nascem com sete anos de idade e começam a desenvolver-se por si, como as larvas que emanam da podridão. Como vês, um deles, está na Usina”.
Sim...
Tens razão.
A Usina, vez por outra é premiada com certas presenças inusitadas.
Lembrei-me do dia em que fui
a um manicômio fazer uma “pesquisa de campo”...
Notei que um dos detentos estava desassossegado,
andando com passos lépidos, pra lá e pra cá, como se quisesse
chamar a atenção das visitas para ele.
Eram passinhos assim... Tipo gay, em desfile de cuecas,
Com direito a trejeitos e tudo!
Percebendo o meliante que ninguém lhe dava trela,
Começou a arrastar-se pelo chão, feito minhoca... Depois,
Passava as mãos pela genitália e dava guinchos...
Como não desse resultado nenhuma estratégia aplicada,
Acocorou-se a um canto, como animal ferido,
e adormeceu...
Como podes ver, amigo lusitano, o próprio demente
Deu-se o calmante de que necessitava.
E como ninguém “da platéia” desceu ao nível de loucura
para o agradar, a situação resolveu-se com o passar dos minutos.
Mas o pior, é que não há manicômios que comportem
tantos loucos espalhados pelo mundo...
Os vermes “passantes” da Usina
não me causam raiva
ou indiferença, sequer asco.
Apenas dó, em grau pequeno...
Na foto de hoje
o meu céu entre a ramagem das árvores
minha visão abençoada daqui...
E donde se alimenta meu coração e a alma...