Escancara os lábios, mostra esse riso branco, incandescente, radiante
Deixa que de tua face a paz resplandeça
E tua alma baile iluminada sobre os continentes todos
Porque do teu gesto de luz brotarão todas as auroras da vida
Acordando os povos do sono do breu
Adoro quando te fazes de ilha, pareces uma loira duna
Sobre os azuis lençóis feito as águas do pacífico mar
Porque tua calmaria me consola a alma, ainda que ardo em vulcão
E teu ventre em brasa me abranda, incendeia enquanto acalma
Lua redonda, rachada, úmida e mágica
Te golpeio o silêncio quando inundas os sonhos meus
Acompanho, segredo, vazo e extrapolo como um atol
Me despertas, teu canto renasce meu arrepio
De longe ouço teu lícito desejo, despejo um beijo em teu mundo
Dança, um sonho de dança, a valsa, o bolero que quero
Que adoro, que te adoro e tanto amo
Ah princesa, retenha a bruma que os olhos meus se desmancham
Querem regar tua terra, regalar teu viço, transigir teus segredos
Moldar tua forma branca, tua densa e disforme espuma
Água que inunda a boca, suor em bica, tempo que voa, amor que fica
Cheiro que se impregna nos pelos da alma
Teus pequeninos e mimosos pés passeiam em meu deserto
Desperto inquieto do sono profundo onde te busco certa
E te beijo, beijo, beijo, beijo, beijo e beijo e inundo!!!
|