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cronicas-->TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (66) -- 04/03/2013 - 17:23 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (66)

Se você imagina que o tema destas linhas é resultado da cabeça de algum salvador da pátria, engana-se. Ainda, que o autor destas mal traçadas é exigente demais e acima do bem e do mal, também se equivoca. Só que há momentos em que o sistema de telecomunicações vigente no país, parece ter sido programado para burlar o usuário e fazê-lo de besta. Dessas tantas operadoras de telefonia móvel, ainda não conheci nenhuma delas que possa ganhar uma nota 5. Veio a portabilidade para migrar de uma para outra, instalou-se a Anatel com suas multas (não sei se devidamente aplicadas e pagas), e o desdém continua. A mim pessoalmente, cliente habitual dessa reguladora, a suposta qualidade só ocorre quando cutucamos o tigre com vara curta. Recentemente contratei um serviço 3G para acesso à internet. A velocidade é razoavelmente satisfatória mas a intercomunicação setorial no seio das empresas deixa a desejar. Nas lojas das capitais alguém tenta resolver, mas ao sair de lá, o panorama é outro. O exemplo concreto é que desfiz um negócio e em seguida o refiz com base em outro contrato. Vai daí o antigo contrato não foi desfeito convenientemente e a tal multa, antes perdoada, está agora sendo cobrada com ameaças de SERASA e variantes. O atendente da loja me orienta para que eu me comunique com o 1058 ou o 0800, mas nenhum dos dois consegue completar a ligação, desligando em seguida. Retorno a meu elogio aos serviços europeus, aos portugueses especialmente. Não consigo entender como um país cujo mapa cabe dentro do de Pernambuco, consegue manter serviços da mesma natureza em alto nível de qualidade e atendimento. Será por conta do sotaque dos patrícios?
E não vou aqui fazer a apologia qualitativa da telecomunicação estadunidense; nem pensar! Com todos os seus atravancamentos peculiares, a América do tio Sam, dá um banho e meio nessa área. Por menor a cidade, melhor e estáveis os sinais de radiofrequência e seu equilíbrio tecnológico. Faz anos mantenho uma caixa postal, já devidamente quitada, no progressista município de Camaragibe. Recebo pouca correspondência, incluindo as faturas das contas de custeio, mas a VIVO insiste em não me enviar e tenho que ir catar na internet num sáite um tanto pesado e cheio de guériguéri. E saliente-se também a impossibilidade de encontrar algum usuário, dos meus contatos, que esteja satisfeito com essas operadoras. Supondo estar obtendo alguma vantagem, resolvi efetuar a propalada conta total, reunindo num só lugar, tevê por assinatura, telefonias móvel, fixa, exceto banda larga. Só está funcionando porque continuo reclamando à Anatel qualquer deslize da Oi, que parece açambarcar o território nacional. Textos antes fiz ver minha ojeriza ou matutice em não gostar de falar ao celular. De fato, não falo mesmo. Sou um dos maiores emissores de torpedos do país. Acho silencioso, discreto e livre dos "ruídos" normais de comunicação. Claro que quando ele encontra pela frente um "tasaonde" do tipo esotérico, aí se enrasca tudo. Vale esclarecer que celular desse tipo é aquele que só recebe, ou pré-pago, diga-se. E o que mais se ouve do outro lado da linha é "tou sem crédito". Tentei uma vez essa modalidade, mas não me adaptei. Prefiro quitar a fatura no fim de cada mês, pois ela é menor do que a conta do sagrado uísque sabatino. Hoje, antes de começar esse desabafozinho, já me comuniquei novamente com a VIVO (por que não MORTO?), dessa vez através do 1331, que me pareceu, bastante eficaz. A respeito disso tudo, dessa ladainha reclamatória, me pergunto por que ainda não conseguimos instalar na cabeça de todos ou na grande maioria dos usuários, um dispositivo chamado boicote? Com a desculpa da pirraça petreana em não enviar chuvas ao Nordeste, o preço do coco verde subiu tanto que o cartel formou-se e ninguém tirou o pé do acelerador. O IPCA, todos sabem, andou pelas nuvens em janeiro e a inflação delirou à grande. A nós, consumidores tupiniquins, bonzinhos e pacientes, só caberia mesmo boicotar o preço alto e não adquirir o produto. Mas não tenho conhecimento se alguém (ou alguéns?) além de mim e meu vizinho PJC, tenha deixado de comprar o eclético fruto do coqueiro. O gringo estadunidense vai pra frente do supermercado e, num pequeno apinhar de povo, finca o pé e não compra nem a pau. É assim que se deve fazer: boicote geral e irrestrito. E protegido pelo art. 5º da Constituição.
Não sei se essas linhas terão o eco que espero; não estou seguro se alguma criatura humana, do cume de sua cidadania, vá levar tudo isso a sério. Todavia, que nem o beija-flor quando retirava sozinho a água de um lugar pro outro, estou eu, WS, fazendo minha parte. O sáite da ANATEL é fácil de acessar bem como seus respectivos telefones. Os funcionários são atenciosos e nos recebem com a maior presteza e distinção. E é fácil de localizar, ali próximo à António Falcão, em Boa Viagem. Não duvido que vocês, leitor e leitora esclarecidos, procrastinem o direito de cidadania, esse pouquinho que nos resta. Porque do jeito que está e a continuar assim, "a gente termina caindo numa democracia".
_____________________________________________________________________

(ERRATUM: no texto 65, leia-se Corriere della Sera)


WALTER DA SILVA
Camaragibe-PE
04.03.2013
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