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cronicas-->TUDO EM NOME DO AMOR!... -- 25/10/2008 - 09:45 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TUDO EM NOME DO AMOR!...
Ana Zélia

Sobrevivente da violência familiar, autora do livro Mulher! Conquista fácil!... Poesias e Crónicas,
numa tentativa de resgatar a dignidade perdida nos dias,
anos negros onde agredida temia buscar ajuda com medo de perder a vida.
No silêncio rogava aos céus pedindo forças e hoje, vencedora tenta dizer a tantas
que não existe pior escravidão que o medo.
Melhor enfrentá-lo, assim evita-se uma invernada de sofrimentos.
Às mulheres que tentaram sair da arca e povoar a terra.

TUDO EM NOME DO AMOR....

MULHERES SOFRIDAS! VIOLENTADAS! FERIDAS!
MORTAS!...
Os palcos são tantos no burburinho da vida.
Nos lares, nas ruas, o inimigo passeia ao lado na cidade de pedra, fria,
onde cada pessoa deveria ter proteção,
os impostos são pagos para a distribuição correta,
principalmente segurança.
MEU DEUS! Recorrer a quem?
O inimigo pode ser aquele aquém se pede ajuda; a violência sexual,
a morte traiçoeira para encobrir o crime brutal.
CHEGA! CHEGA!...
Há violência em cada esquina.
Homens que num cruzamento de linhas se uniram a nós.
Senhores donos e proprietários do corpo e ainda se julgam dominadores da alma.
Nos lares o carinho recebido são os chutes, pancadas, agressões, palavrões,
perde-se o nome, passa-se a ser qualquer coisa a eles...
A morte com hora marcada. À noite, madrugada, bêbados eles batem à porta.
A infeliz vem e abre. Os carinhos são 30, 60, incontáveis facadas.
Um grito apenas: __ NÃO! NÃO ME MATE!...

Os filhos órfãos são entregues à sociedade, aos SOS da vida.
Assassinos frios, mesmo sem armas ofendem o que de mais sagrado temos, dignidade.
MULHERES HEROINAS QUE PÕEM NO MUNDO FRUTOS DO ÓDIO.
OBRIGADAS A CEDEREM O CORPO, NÃO A ALMA...
MORTAS EM NOME DO SEXO, DO ÁLCOOL, DAS PAIXÕES, DOS LOUCOS, PSICOPATAS.
PIOR, EM NOME DO AMOR.
MALDITO AMOR QUE MATA, MATA...

MALDITOS VENTRES QUE GERARAM MONSTROS EM VEZ DE GENTE.
MULHERES SOFRIDAS! FERIDAS! MORTAS!

Mortas pelos homicidas. Vidas jamais restituídas.
São tantos Guilhermes, Rui, Miltons, Lindemberg, Artus da vida...
C O R A G E M!...
Aprendam a lutar, enfrentar os bárbaros, destruí-los também,
quando conseguirmos, declaremos guerra a outro inimigo mortal, a solidão.

O ódio bate forte, suportar o que se odeia é difícil.
Fugir, fugir como um tigre acossado é a solução.
Mesmo um tigre um dia é pego e seu couro espichado.
Pobre de nós mortais.
Mulher! Ser sofredor por natureza, vencedor pela fortaleza que possui.
Pisoteada, humilhada, violentada, discriminada.
Manchete de jornais, destaque nas páginas policiais...
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Nota da autora- Já o fiz na abertura, é o retrato fiel do que vive na vida real.
Manaus, 06.03.1993( publicado na I ANTOLOGIA PROSA & VERSO- 2003-)
Organizada por Reis de Souza, Autores selecionados pela
ACADEMIA BRASILEIRA DE ESTUDOS E PESQUISAS LITERÁRIAS. RIO DE JANEIRO- 2003
O crítico literário Cloves Goulart Meira, analisando diversos poemas
nas Revistas Brasília e Acadêmica, assim se expressa:
"Fico orgulhoso por ver que as lendárias Amazonas estão clonadas numa alma ferrenha,
inflexível, pertinaz que, com muita sabedoria de uma
"cabocla pura de uma raça dura...",
é merecedora de todo o nosso respeito, admiração e
que nos incentiva também a empunhar a mesma bandeira da legalidade e justiça".

Dia 08 é o Dia Internacional da Mulher! A vida continua, mudei apenas de feitor, hoje tenho feitores,
cada açoite uma dor profunda e eles nem percebem.
Breve parto sem saber a hora, hoje rogo a vida pela vida,
meu valor é medido no quanto valho. Talvez não valha nada...
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