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cronicas-->PRECE AO POVO BRASILEIRO -- 02/08/2008 - 16:54 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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PRECE AO POVO BRASILEIRO
Ana Zélia

Senhor! Indignada, me posto a teus pés e em preces rogo-Te proteção
a um povo sofredor que continua massacrado pela fome, desemprego, falta de moradia, injustiça!...

Há cinco séculos sofrem na pele as mazelas de pequenos grupos dominantes.
Ontem os descobridores que exterminaram parte dos nativos, tornando-os escravos;
depois, reis, imperadores, dinastias que por aqui passaram e deixaram suas marcas.
Hoje, homens que fazem da política a arma mais brutal, exterminando idéias, esmagando cérebros. QUANTO MAIS INCULTO O POVO, MENOS RECLAMA.

Como aceitar Senhor, a morte de inocentes pela fome? Comendo lagartos, raízes de árvores, num país com tanta riqueza? Vermos na telinha populações inteiras rezando pra São José mandar chuva pro sertão, onde só cai com promessas?

Senhor! Alienaram o povo brasileiro que acredita na antiga história de coronéis que, à primeira reação, eram mortos por matadores fiéis ao patrão.

A maior "nação" de um povo forte que vence a morte, deixando pra trás suas terras, partindo em busca de outras que só oferecem a eles miséria, violência, porque o que eles possuem lá em excesso falta aqui, a solidariedade.

Quando o direito de sobrevivência, de conhecimento, de justiça, será dado em partes iguais ao povo?

Como aceitar Senhor?
Ver o povo nordestino, brasileiro como nós, velar almas pequeninas que não conseguem sobreviver à miséria, à desnutrição da mãe faminta que nem leite tem pra dar, o pai desempregado, as panelas vazias, raízes de batatas, macaxeira, lagartos, quando a culpa é do descaso político, da falta de projetos sociais, de abrir poços no sertão; água é o que eles mais possuem um mar estupendo, rico em tudo.
Onde está a tecnologia? Ou as verbas desviadas de projetos iniciais?

E o povo ainda vota porque o político é compadre, é bom, abraça a todos quando precisa dos votos, são os promesseiros sazonais que só aparecem em épocas de eleições.

Quando educaremos o povo para rejeitar elementos indignos de serem tratados como gente porque se esquecem de quem lhe outorgou o mandato e ainda os maltratam e todo o ano a mesma história.

Nas campanhas eles prometem o céu e suas benesses e o inferno continua. Sem educação, saneamento, estradas, isolados...
SOMOS UM PAíS DE POVO BOM.
Tivemos cangaceiros que a seu modo exigiram Justiça para o Nordeste rico e pobre ao mesmo tempo.

Os matadores de hoje são outros, agem na maior cara de pau, enganando o povo que sofre calado, nem berra como os carneiros.
Olhar sofrido, pele enrugada, queimada, mas cheio de esperança.

Ah! Senhor! É hora de mudanças, trocar de patrões não adianta, precisamos trocar tudo, inclusive as promessas.

Cobrar dos céus, dos santos, é bom para os políticos,
assim eles ficam de fora da questão...

(Publicado em Quedas, tropeços, um bom começo- cartilha em 2ª edição, 6.000 exemplares.)







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