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cronicas-->AMAZONAS. 148 ANOS DE PROVíNCIA. -- 31/01/2010 - 17:24 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AMAZONAS, 148 anos de Província.
Ana Zélia

Meu Amazonas, hoje deveria ser um dia de alegria, há 148 anos, deixamos de ser capitania para sermos província.
Olhando em volta, teu rio continua sendo o Maior do mundo em Volume d´água. Em sua passagem dois encontros de água. O do Solimões (nome que recebe desde que entra no Brasil até o encontro das águas com o Rio Negro) e o do Tapajós, rio de águas esverdeadas, esmeraldinas, na cidade de Santarém. Em tuas margens terras caídas de tanto banzeiro, provocado pelos grandes navios que te cruzam.
62 municípios. O maior Estado da Federação. Quanta cobiça ao património que Deus te legou. Dos mais diferentes minérios, às mais elevadas árvores, montanhas, a uma biodiversidade que só a Mão Divina seria capaz de dar ao lugar considerado "Fim do Mundo".
Será que acham pouco o que nós teus filhos passamos?
Isolados, com duas saídas apenas, o aéreo e o marítimo e com muitos dias de viagens, horas de vóo. Dizem que já chegamos ao caribe por estrada e a Humaitá-Lábrea que nos ligaria ao resto do Brasil, parece atolou-se num lamaçal.
Manaus a Capital vive sempre em baixo-astral. Mística como é, seu inferno é cinzento apesar das tentativas de colori-lo com o róseo cor ideal das moças bonitas.
Mas, como dizia minha avó: Manaus parece moça bonita. Por cima cambraia gaza, por baixo molambo só.
Agora só se fala em elevados, viadutos. Cavaram buracos em toda a cidade, mas basta uma chuva de verão e o mundo vem abaixo. Alaga tudo, serviços executados somem com as águas e nós manauaras passamos novamente a viver a opressão que se inicia com o trànsito, os engarrafamentos faraónicos que vão da passarela da Djalma batista ao Colégio Militar, imaginem em hora de "ruche". Só falta o trem bala já propalado e que parece foi esquecido, deve voltar no próximo round. Sinceramente.
Manaus, 19.09.1998.
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Nota da autora- Programa eminentemente romàntico e crítico por natureza. Na visão poética nada pode ser encoberto, nem fantasiado.

Estamos em 2010, Manaus, está totalmente mudada, são incontáveis viadutos, que tentam acelerar o trãnsito com uma ordem de comando. Matem-se as pessoas e deixem os carros correrem. Tiraram as passarelas, mudaram as paradas de ónibus e retiraram os sinais, um genocídio em plena Manaus, que parece não ter Prefeito, nem Governo.

Os engenheiros de tráfego devem ser de outro planeta. Pela manhã ouve-se pelo rádio o número de pessoas mortas no trànsito, segundo estatística morre dez pessoas diariamente no trànsito. E logo com a copa 2014, o trem bala ressuscita, nem que seja pra enganar eleitores.

Crianças, jovens, velhos condenados à morte ou à mutilação eterna. Deus salve a todos nós, não merecemos uma morte cruel por culpa da desorganização administrativa. Manaus, 31 de janeiro de 2010. Ana Zélia


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