Estou sentada à tua frente
e aos teus olhos pereço nua.
Acaricio meus cabelos com as mãos,
que lentamente descem sobre meus ombros
cobertos de sardas e queimados de sol.
Cubro com as mãos meus seios claros
onde, de uma vez, os mamilos endurecem.
Cincundo lentamente sentindo sua textura
leve e macia de carne protegida.
Nesse momento levanto meus olhos
que se encontram com os teus.
Neles eu vejo sede.
Sigo meu caminho descendo pela barriga
que de tão lisa parece uma rampa,
que tem como destino, uma mata escura,
quente e umida que já aguarda outras mãos.
Ali eu paro, com olhos estáticos e
dedos ágeis, te mostro o que podes fazer.
Olho, com olhos de pedinte, que roga por uma esmola,
sendo aquela, a unica oportunidade,
de trazer à boca o alimento do dia.
Tu me olhas como uma fera
Pronta para o bote,
E eu como presa que anseia ser devorada,
Estou pronta, vem! |