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cronicas-->Jovem mutuária -- 12/03/2013 - 11:27 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Nas primeiras águas de 1986, Maria das Dores procurou uma agência bancária para contratar empréstimo de custeio agrícola, apresentou o recibo da compra de uma nesga de terras no município de Elesbão Veloso, e fez sua ficha. Solteira e sem filhos, as mãos estreladas de calo, ela dizia com orgulho: “não sou pesada a ninguém...minha gleba é toda cercada de pau à pique e tem uma casa de taipa muito boa, um colosso!"

Idade, dona Maria, indagou o investigador de cadastro.

— Vou fazer sessenta no mês vindouro...

— Tem algum apelido?

— Pumodi qui vosmicê pregunta? Me chamo Jove derna di mininina!

No final do expediente, o chefe quis saber do assistente, se ele havia liberado a primeira a parcela do custeio de Maria das Dores...

— Das Dores? Ah, sim! A jovem? Levou o dinheiro sim...

Dois meses  depois...

— Eu vim me queixar da porca da vizinha...tá comendo meu “mii!" Aquela porca parece que é cria do “mandi”, sabe abrir “inté” pau de porteira...

Jovem, disse-lhe o chefe. A senhora já recebeu a parcela dos tratos culturais?

— Trato de quê?

—O dinheiro para capinar, já recebeu?

— Não sim ô! E num vai ter capina nem “cuiêta” se eu num der cabo naquela porca!

— Pois vou antecipar a liberação da segunda parcela... A senhora leva o dinheiro e propõe compra. Se a dona vender, mate a porca, venda uma parte à vizinhança e coma o resto, mas se tiver canjiquinha... se tiver canjiquinha...faça sabão da danada!

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