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Cronicas-->Despedida de Lórien -- 09/05/2001 - 11:40 (Daniel Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ano de 1640, nono dia de Ninui (Fevereiro), Floresta de Lothlórien

Entre as folhas das árvores prateadas, com o brilho da lua, se podia ver a luz das árvores
encantadas em Lothlórien. Aqui e ali, elfos sentados em suas árvores meditavam, buscando
o perfeito equilíbrio com Arda. Havia uma beleza incólume em Lórien, uma floresta fechada,
protegida por magia, onde o tempo não parecia correr do mesmo jeito que no resto de Arda.

Fealmir sai de seu estado meditativo muito antes do sol nascer. Estava buscando forças para a empreitada que se iniciava. Era longo e árduo o caminho e temia por sua vida, mas muito mais por sua amada. Certificou-se de que tudo estava em seu lugar, olhou as estrelas mais uma vez, tentando captar algum sinal de Varda, mas o céu não lhe disse mais nada. Resolveu procurar Ariel Silwen e ver se a "mocinha noldorin" estava pronta.

Ariel Silwen (prá evitar confusão entre as Ariel s...) cantava em homenagem à Varda como fazia quase todos os dias. "Não sou obrigada a fazer nada em homenagem à Varda, faço porque gosto", pensava a alta dama Noldor enquanto terminava a sua meditação. Meditou muito hoje, especialmente sobre essa novidade. Viajar. Conhecer pessoas. Pessoas não-élficas, bem diferentes dos humanos simplórios que viviam nas bordas da Floresta de Lórien. Conhecer lugares que só ouviu em nome e poesia ou canções. Ver a natureza em sua forma crua. Tentar entender os "seres menores" (animais, plantas, anões, halflings e até mesmo alguns humanos). Buscar mais aprofundamento.

Era isso que Ariel desejava. Não importava se para isso ela teria que se arriscar, misturar-se, e ela nem esperava que talvez, isso um dia a mude muito e até possa vir a afastar ela dos seus semelhantes.

Repentinamente, alguém entra em seu mallorn (casa sobre a árvore), Ariel assusta-se pois não esperava alguém tão cedo. "Desculpe-me, Dama Ariel, mas o tempo urge", disse a voz. Era Fealmir, parecia impaciente e espantado por Ariel estar ainda vestida em seu traje lindo e brilhoso.

Fealmir imaginou que se ela viajasse assim, certamente não iria longe. Mas o que fazer? "Melhor deixar ela se dar conta", pensou.

"Dama Ariel, estou com tudo preparado, e você? Já tenho um mapa e uma trilha escolhida. Partiremos assim que estiveres pronta" disse ele, descendo da mallorn, meio ruborizado por ter visto a linda e estonteante Noldorin em trajes majestosos. Ariel era realmente linda, quase tanto quanto Galadriel, tinha longos cabelos negros e profundos olhos violeta, que herdou da linha de Fingolfin. Tinha em suas expressões uma calma que escondia uma firme Senhora dos Elfos. Era uma das sacerdotisas de Varda em Lórien, respondendo diretamente à Galadriel. Era alta, muito alta (1,98m), magra e de estrutura esguia, porém muito feminina. Sua beleza era como a de uma criança pois ainda era jovem, muito jovem.

Quando desceu, vestia um manto escuro, acinzentado, quase prata, com capuz e levava uma mochila, onde podia se ver um pequeno arco branco de madeira. "Cá estou, Sindar. Leve-me onde devemos ir", disse imponente. E olhou o elfo Sindar de cima a baixo, notando-o pela primeira vez. Era baixo perante um Noldor (1,85m), mas não muito, porém o que lhe faltava em altura, lhe sobrava em corpo, era extremamente forte! Poucos corpos élficos foram como o dele é. Era um Sindar muito bonito, de cabelos loiro-areia e ferinos olhos azuis. Vestia calças cinzas e camisa branca por baixo da cota de malha élfica que protegia seu torso. Carregava uma espada enorme em suas costas e outra espada curta em sua cintura. "Para que tanta arma?", inocentemente Ariel perguntou a si mesmo.

Fealmir, mesmo espantado com tamanha beleza e ao mesmo tempo prepotência, riu-se, deixando Ariel desconcertada e disse : "Então vamos minha senhora e que Elbereth esteja conosco, mas pelo brilho de seus olhos e sua fé, com certeza estará".


-Alessandro Dias, KHàmul
(crónica de uma aventura nas terras de cá baseado nas obras de JRR Tolkien)
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