Ola Arlete como prometi estou escrevendo para você contanto algumas coisas como estou vivendo hoje. Para facilitar faremos em 3 Etapas, que aqui você vai ter uma idéia de como foi o período de vida, espero que realmente goste e te ajude em seu trabalho evitando assim, outros estarem em nossa condição do presente:
ANTES
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Antes de surgir os problemas que agravaram cada dia de hoje, eu vou lhe contar como era a minha vida.
Eu fazia “Animações Infantis” vestia de palhaço e participava de apresentações em festas de aniversários, aonde aprontava demais com ajuda de um amigo. Este período residia em Brasília/DF, onde fiz Teatro, Esporte como o Vôlei, etc.
Era maravilhoso, pois fazia tudo que gostava, dirigia peças, fazia personagens, criava coreografias, enfim, o que mais adorava era tocar um violão nos bares da vida e compor no piano, as mais belas canções, era uma vida agitada, mas com muita coisa que não precisava se preocupar como hoje, foi uma festa atrás de outra, animação atrás de animação, teatro, etc...
Tudo ia bem até 1981, quando tive o primeiro contato com o computador, antigamente era diferente, pois havia limitações, então foi aí que começou o desejo de aprofundar, fazendo um curso de digitação, aonde comecei a colocar prática em algumas cidades como: Alexânia/GO, Goiânia/GO, e até em Brasília/DF aonde fui trabalhar numa empresa chamada “Politec Informática”, prestando serviços a uma unidade da Caixa Econômica Federal (CEF) hoje conhecida como CAIXA, porém era um setor e a linguagem que estava trabalhando era Clipper, pois ela era terrível porque se baseava em DOS, até que começaram em 1996 a surgir certas dores, que incomodava, o pior era que na CEF, você tem que fazer tudo para ontem, e além de você ser contratado para realizar funções de operador básico, a CEF descobriu que eu era programador, então começou a jogar mais coisas, horas fazia Programação, horas fazia operação e até digitava os documentos para testar o meu sistema. Lembra daquele livro de RPG que te mostrei a grossura que era? Bom! Eram mais de 4 diariamente para testar se o Gerente “Raimundinho” nome que jamais irei esquecer que acelerava o problema, quando eu virava para ele e dizia que estava ruim no momento ele não dizia outra coisa que “Você foi contratado para Desenvolver Sistemas e não para ficar como está”, era sempre assim.
Não podia dizer nada, pois dependia do emprego, pois sofria pressão na família, da ex-mulher na época, de todos, então fiquei calado e continuei, até assim estourar o problema definitivamente, 3 meses depois que eu tive que fazer muito mais “Tudo para Ontem”, então com uma dor violenta fui até a empresa se queixando das dores, mas antes havia chegado até a coordenação e disse que estava havendo um desvio de função, que havia sito contratado para fazer operação e não programação, mas a coordenadora virou e disse: “Você tem que fazer o que eles Mandam”, então fui ao departamento médico e relatei, quando eles me encaminharam para o médico do SUS ate ir ao Hospital Sarah que era especializado nesta área. Fiz o tratamento e o Dr. Marcos Masini, resolveu então em fazer uma cirurgia no nervo ulnar para colocar o nervo no lugar e descomprimir a atrofia que estava surgindo. Então foi marcado em 1996 no mês de Novembro. E foi feita a cirurgia.
DURANTE
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Durante o período fiquei de molho durante 6 meses, pois dependia de fisioterapia, dependia de algumas pessoas para ajudar, já que estava imobilizado do lado direito, algumas coisas davam para serem feitas, graças que eu escrevo com a canhota, mas durante este período bárbaro, tive problemas com a ex-mulher que virou para mim e disse: “Vou para casa da minha mãe ajudar comprar uma enceradeira, ela está precisando muito” e saiu não voltou mais até 20 dias depois para pedir dinheiro, pois estava precisando para comprar algumas coisas, neste período passei sozinho, fazendo de tudo sozinho, infelizmente a saúde foi piorando porque era eu para tudo, e não tinha tréguas para nada, a fisioterapia, não ajudava muito, pois o braço estava sensível e ninguém sabia o porque disto, ia ao médico que fez a cirurgia e acabou ele dizendo que era normal o que estava acontecendo. Bom! Agora você vai entender realmente o porque as fisioterapias estão proibidas, mas as hidros não foram proibidas.
Quando a Nadir resolveu retornar 20 dias depois pedi dinheiro para ela comprar coisas, para a vaca, bezerro, e demais remédios para o meu filho, e também remédios para sobrinha e cia, eu disse para ela que recebia realmente R$ 400,00 e todo o dinheiro ia para ela pagar as coisas que meu filho precisava, no entanto eu ficava somente com R$ 20,00 para as despesas, no total recebia de benefício R$ 420,00 (Quatrocentos e Vinte Reais), você não imagina o que ela fez.
Ela inventou uma história para minha família, dizendo que estava passando fome que eu não dava dinheiro o suficiente para ela para pagar as contas delas que comprava fiado, e que o filho estava doente, etc. Bom! Minha mãe com meu pai, irmãos, cunhado, etc, resolveram pressionar para eu retornar ao trabalho, pois para eles eu não tinha nada era fingimento as dores a sensibilidade, era totalmente fora de questão e que tinha responsabilidades, por mais que eu falava, mais eu tinha problemas de explicar, mas fiquei em silencio, até o dia em que a Nadir resolveu acompanhar-me no Dr. Marcos Masini, e foi aí que ela começou a dizer as coisas, que ela fez com minha família, e o médico virou para mim e disse que é um trauma passageiro e que estou bem, não precisava mais ficar parado, podia retornar ao trabalho. Então retornei ao trabalho, mas quando voltei, eu assumi a área de programação básica na CEF, desenvolvia sistemas para o Setor da CEF, mesmo sentindo dores eu não podia parar senão ouvia sermões e ameaças de ser expulso de casa pelo meu pai que permitia eu morar lá, para trabalhar e fazer os serviços domésticos nas horas que precisasse, até levar cachorro para passear quando estava mais frio eu ia, esta rotina foi indo, até a CEF começar através de uma funcionária chamada “Rita” começar a interromper o meu trabalho e exigir que eu fizesse algumas coisas de digitação e operacional para ela, e toda vez que virava para falar alguma coisa a ela, ela vinha com o papo que trabalhava lá e tinha que fazer o que mandava.
Por mais que eu falasse ou pedisse, para a coordenação do meu trabalho para tomar uma atitude, mais ouvia aquela mensagem que escrevi acima, sobre eu tenho que fazer o que eles mandam, mas aí começou além de fazer os programas, a Rita começou a querer mais a exigir mais de mim, pois até resolveu que eu devia está fazendo sistemas para outros setores da CEF, Gerencias de filiais, pois ela emprestava para outros setores, como eu sabia o que estava fazendo, então já imaginou que as coisas começaram a piorar, pois havia trocado quando retornei de linguagem e acabei utilizando e especializando em ACCESS, pois o domino era grande, então foi nesta rotina que vivi, chegava as 9:00 hs e saia as 16:00 hs, era o acordo que havia feito com meu chefe, já que vinha de uma cirurgia, além do médico Dr. Walter achar que eu era sã e podia trabalhar 8 horas e o Dr. Masini também achava isto, o Manuel Avelino sabia que eu estava ruim, então ele aceitou, até o dia em que a Rita, interferiu e falou as coisas que esperava que ela falaria, que eu não estou fazendo direito as coisas em outros setores, estou deixando tudo para depois e que as coisas delas eram importantes também, além dos setores tinha que cuidar também tinha que cuidar o serviço dela. Bom eu desenvolvia sistemas para as 56 Gerencias de Filiais da Caixa + 60 Gerencias executivas + todas as agências que eram acima de 160 Agencias bancárias, além de fazer os serviços da “Rita” pois sempre eu avisava a Coordenadora “DAMIANA” que estava havendo “Desvio de Função” e ela como sempre voltava a dizer que “Eu tenho que fazer o que a CEF pede e fui contratado para isto”, mas tudo bem, continuei a fazer o trabalho, como a Rita havia feito a queixa, então eu voltei ao horário normal, chegava as 7:30 hs da manhã e saia as 20:00 hs, 22:00 hs, e 23:00 quando tinha alguma coisa, no entanto fazia de tudo. Cuidava da área de cursos e eventos da Rita, onde trocava CPU de um andar para o outro, às vezes formatava, instalava sistemas, fazia de tudo, de empregado de carregar as coisas até verificar as coisas para a Rita e Caixa.
As coisas iam neste ritmo desde julho de 1997, até julho de 1999, quando fui designado para fazer um Sistema a nível Nacional para a Gerencia Executiva, quando não podia mais digitar, não podia fazer mais nada, infelizmente senti o nervo uma dor como nunca, até pegar algo era impossível, era difícil para tudo, até ser chamado fui pelo chefe, achando que eu estava fingindo, mas sempre que alguma coisa me acontecia ficava em silencio até a data, já que não podia fazer muita queixa, até ir numa médica amiga minha que pertencia ao quadro da CEF eu fui, pois ela tratava bem, me dava conselhos e seguia, mas o problema era que voltava para o “Dr. Masini” e ele virava e dizia que era normal e que não iria fazer nada para mim, porque poderia ter problemas em mandar afastar eu novamente, então achava que eu devia só fazer uma massagem, pronto. Sabia que ele não ia fazer nada, pois acredito que houve alguma coisa a mais na conversa que ele teve reservado com a Nadir quando ela abriu a se queixar e pediu para eu dar uma saída...Não sei o que foi que ela havia feito, mas uma coisa sabia, ele não queria mais assumir o problema e achava que era tudo fingimento meu, que não existia as dores. Então como disse em julho de 1999, senti uma dor e tive que ter um substituto para auxiliar-me, mas mesmo assim era enorme, minha família dizia que eu estava fugindo de minhas responsabilidades, até o dia que resolvi vir para Jundiaí/SP procurar algum especialista na área, pois achava que os melhores médicos estariam aqui, por alguma razão do destino eu fui justamente com o Dr. Cláudio Mattos, pois ele foi professor do médico que fez a cirurgia em meu braço, mas uma coisa ele disse: “Que não devia haver feito uma cirurgia, pois a cirurgia não haveria como solucionar e que eu fiquei com um problema pós-cirúrgica, conhecido como Tendinite Pós Cirúrgica, onde o braço estava sensível demais, e que a cirurgia não foi feita corretamente, houve erro médico”.
DEPOIS
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Depois de saber tudo, ir a alguns especialistas como ortopedistas, como reumatologistas, foram comprovados falhas nas conclusões do Dr. Masini ficou provado que realmente ele colocou o nervo no lugar, e que deveria ter descomprimindo do nervo ulnar ate a altura que estava mostrando a atrofia no braço, o que foi que o Dr. Masini fez, foi um erro médico, operação incompleta e desnecessária, não havia necessidade para fazer a cirurgia, pois não resolveria nada só fez em piorar mais. Além de contar para ele tudo o que o Masini disse, tudo que a Nadir havia feito no período de recuperação, então ele ficou uma fera, o pior é que foi comigo a bronca e não com eles. “Você deveria ter se cuidado mais, devia ter tomado as atitudes quando o problema estava tendo”, isto foi uma das coisas, parece que pela primeira vez eu havia acertado num médico que dizia o que estava pensando e começou o tratamento, o mais engraçado é que ele falava de forma de não magoar e sim aconselhar, pois foi dado o tratamento e fui tentando fazer mais e mais tratamento, onde ele acompanhava e seguia a risca, ele em 2001 chegou a ponto de dizer realmente chega, não poderia mais continuar fazendo algumas coisas, como, por exemplo, continuar o meu curso de Ciência da Computação, pois mesmo a faculdade sabendo do meu problema ela havia em alguns professores a mentalidade da Nadir que era fingimento que não existia, então tive problemas com o INSS (aliás pessoas que não tem problemas atire a primeira pedra), então o tratamento foi interrompido porque fui mandado voltar a trabalhar por um ginecologista e um pediatra, porém diziam que não tinha nada era a mentalidade do médico que fez a cirurgia de achar que sabe tudo e na verdade não sabe nada que parecia está naquele momento ali...
Porém ao passar voltei a trabalhar em maio de 2002, até julho de 2002, onde na verdade 1 semana depois que retornei foi a gota d’água onde realmente foi constatado pela Médica do Trabalho que não estava em condições de retornar ao trabalho, além de dizer para mim que eu estou assim, porque foi o prêmio de ser um excelente programador, isto não me aborreceu porque ela estava certa, eu devia ter tido mais controle, mas coloquei a ela, e as demais pessoas da administração da empresa que eu havia dado uma queixa de “Desvio de Função”, mas não foi levado a sério, então ela me mandou para o médico que fez a cirurgia Dr. Masini, o qual sugeriu que eu fosse a um psiquiatra, pois eu não tinha nada, então a empresa pagou um psiquiatra e foi aí com relatórios, exames, além do departamento médico da empresa que disse uma coisa que fez eu realmente gostar deste médico: “Acho que o Dr. Masini que precisa de tratamento, seu caso é sério e ainda tenho suspeitas, vou precisar de alguns relatórios de alguns médicos, assim que você conseguir você passa para mim”. Então fui nos médicos e todos além da Reumatologista disse que eu tinha além deste problema uma “Fibromialgia Crônica” que foi gerado por pressões, etc..tenho o relatório dela se você precisar, tenho muito material para tirar uma cópia Arlete, mas voltando ao psiquiatra, eu apresentei para ele os relatórios em base geral ele disse também que eu tenho que afastar-me completamente das atividades que exercia, além também sugeria uma aposentadoria por invalidez, todos chegaram desde o ortopedista até a neuro que era de SP, também chegou, pois era sério o meu problema, porém foi o que aconteceu, retornei com um beneficio diferente como auxílio a doença, e infelizmente o recebimento de valores, impediram que eu tivesse o meu plano de saúde, levando eu a um problema sério de desembolsar dinheiro.
Não dá para entender Alerte? A empresa tem a obrigação de manter o meu plano de Saúde mesmo afastado, pois isto não esta acontecendo, tive problemas sérios com esta empresa que achava a mesma coisa que demais pessoas que fizeram antes do Dr. Cláudio Mattos, pois eu não tenho hoje um plano de saúde, problemas sérios de financeiro pelo vai e volta durante este período de problema, ao INSS, especialistas de peritos ruins, pois que dizem o que querem dizer e trata todos que precisam de uma perícia como animal e não como ser humano, etc.
Bom ontem 4 de Agosto de 2003, tive a consulta com o Dr. Cláudio Mattos, que havia chegado recentemente de uma conferencia em Chicago/USA, justamente no meu problema que eles estavam discutindo, passou algumas coisas que agora deverei fazer, como tomar o medicamento, achar a dosagem correta, pois vou viver com este remédio que é para Fibromialgia+ DORT/Crônicas e também seguir algumas vezes para fazer uma hidroterapia na praia nos braços, e que vai ter momentos que as dores seriam controladas e outras não, que iríamos começar um teste de 600 mg de Neurontin, quando está melhor a situação das dores e 1200 mg quando for fase pior, ou até mais, primeiro vamos iniciar com este tratamento, além de suspender o tratamento da dor, pois o remédio tem ajudado muito, pois sem ele é terrível, ele me conhece tanto tempo que teve tempinho para aprontar comigo...rs
Para falar a verdade é graças a este médico que estou bem melhor agora, tenho uma longa história para você, temos que um dia marcarmos um encontro e eu passar tudo o que você deseja saber, assim poderíamos pelo mais que seja você ter uma idéia de mais detalhes.
ESPERANÇAS
Sabe! Hoje posso dizer depois de tanto sofrer que os problemas não são o “Computador” e sim as pessoas que dirigem as empresas, elas são responsáveis de não acatar as leis existentes de como prevenir estes problemas. A mentalidade de alguns empresários são ainda de que a DORT/LER, é uma desculpa para funcionário não trabalhar, que não existe dor, foi o que o médico disse ontem para mim, é que somente um especialista poderia dizer o que o paciente está sentindo, na verdade posso dizer que meu problema, devido algumas pressões sofrida em maio, piorou muito, e que os problemas estão atingindo mais outros pontos dos nervos, e que terei que conviver para sempre com isto, pois não existe cura, e devido os problemas passados, já relatados para você, eu teria que conviver para sempre com as dores, além de ter novos pontos nos nervos doloridos, devido a Fibromialgia. Sabe o que desejo realmente hoje Arlete?
É poder auxiliar de uma forma com palestras, com alguma coisa que possa passar este problema não só a funcionários e sim aos Empresários, responsáveis por este problema, poder alerta-los no mal que eles poderiam fazer em aceitar que a LER/DORT fosse uma invenção e não uma realidade que pessoas como eu terá que viver eternamente.
Espero que eu tenha te auxiliado, se desejar mais eu conto para você e dou mais algumas passagens existentes em minha vida.
Beijos,
Jundiaí/SP, 5 de agosto de 2003
Vinicius Carlos de Medeiros
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