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Cordel-->O REFRIGERANTE JAPONÊS -- 05/07/2002 - 10:52 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O REFRIGERANTE JAPONÊS.


(SERTANEJO)

Por: Luiz Carlos Locatelli.

Astrudia, já fais um tempo.
Fui prá cidade, gazeteá.
Tomem comprá um fuminho.
Para um meis eu apitá.
Adiquirir, boa ceroula,
Pro passarinho agazaiá.

Era meis de janero,
O sor tava di rachá.
Era di istralá mamona,
É difici inté contá.
Eu rumei pela picada,
Tinha pressa di chegá.

Meu amigo, o calô me pegô.
E me deu uma sede inferná.
Engoli inté suor da cara,
Pra tar da sede passá.
Mas nada adiantava,
Mas sede queria me dá.

Seu moço, foi sufrido.
Inté a cidade chegá.
Acabei bebendo mijo,
Prá danada ispantá.
Só eu sei o que passei.
Naquele dia de azá.

De tardinha, lá cheguei.
Rumei depressa prum bá.
Queria logo bebê água.
Pra aquela sede expursá.
Mas eita que o destino.
Uma peça quis me pregá.

Falô o dono do buteco.
Água acabô de acabá.
Ele era meio corcundo,
E fedia iguar gambá.
Tinha a cabeça careca.
E fucim de tamanduá.

O home tomém tava nervoso.
Por água num tê por lá.
Há, seu moço me enraivei.
E comecei a falá.
Falei um monte de asneira,
Só palavras de arrupiá.

O butequero coitado.
Ficô num canto acolá.
Achava que eu era loco,
E que queria lhe matá.
Mas a verdade seu moço.
É com a sede que eu queria acabá.

Falei de tudo, só besteira.
E depois sumi de lá.
Precurando outro buteco.
Pra uma aguinha eu encontrá.
Avistei no fim da rua.
O que eu tava a precurá.

Pensava Ter eu encontrado.
Sorridente fui pra lá.
De feliz entrei correno,
Num percebi o lugá.
Quando me dei por fé.
Virge santa, o que é que há.

Era um antro perdido,
De mulheres a dançá
Todas quase roupas,
E as tetas a balangá.
Os home tudo bebeno,
Andando prá lá e pra cá.

Cheguei intão no barcão.
Pedi logo sem pensá.
Me dê água por favô.
Tenho sede pra matá.
Uma barriguda virou pra eu,
E despencô a falá.

Nesse porcaria de cidade.
Na quar viemo morá.
Num tem home cum dinheiro.
Quem tem, num qué gastá.
E tu acha meu amigo.
Que de graça vou lhe dá.

Até que sou caridosa,
Mas se quisé tem que pagar.
Botei a mão no meu borso.
Vejam só, mais que azar.
Cadê a minha cartêra.
Precurei num tava lá.

Eu já tava aperriado,
Com tanta sede a passá.
Ainda vem essa baranga.
Querendo água cobrá.
Comecei a virá valente,
Num sei porque quis virá.

A sorte tava bem longe,
Num queria me ajudá.
Tarveis fosse o destino,
Querendo argo prová.
Pru que tinha que ser eu.
Eita danado de azar.

Chegô intão um japoneis,
E cumeçô a me arrudeá.
Comei ficá esperto.
Que esse home quer prová.
Me chamô de seu bem.
E começo cafungá.

Falá bem perto das ureias,
Tava querendo me cantá.
Suas mãos muito espertinhas,
Começou a roçá por lá.
E eu sem sabê o que fazê.
Achei mió relaxá.

Falei carmo pro japinha,
Tu é besta, vai se daná. (bravo)
O japa enraivou-se e pegô,
No meu pescoço a apertá.
Me balançava feito navio,
Perdido em arto má.

Tu vai ser o meu primeiro,
Finarmente vou testá.
Já que tá com tanta sede,
Sua sede vou matá.
Preciso só Ter certeza,
De que ocê vai suportá.?

Nessa hora meu irmão.
A sede começô acabá.
Ainda mais que o japoneis,
Disse, no pequeno vou pegá.
Só que ele é resistente,
Garanto que vai gostá.

Fui ficano arrupiado,
Que cheguei inté mijá.
Me deu um medo medroso.
E não podia fugi de lá.
Pensei, vai ser hoje o dia.
Pra nova vida exprimentá. (cair as mãos)

O japa mar encarado.
Falô manso e devagá.
Tá na hora meu amigo,
De no toba ocê tomá.
Vigi nossa, meu amigo.
Outra veiz o tar do azá.

Diche, ocê tá cum sede,
Diche que tá, ou num tá?
Tomar no toba refresca,
E dá mais vontade de tomá.
Hoje já tomei tres veis.
E quero contigo tomá.

O pobrema era dele.
Cada quar com o seu gozá.
Fiquei muito aperriado,
Mandá no toba tomá.
Que esse baixinho tá pensando.
Que sou de piso limpá?

Naquela hora meu amigo,
Vi o mundo desabá.
Tô lascado, tô perdido.
Onde é que vim pará.?
O cara ainda me diche,
No toba, ajuda a relaxá.

Se te farta vitaminas,
Tem C, D, B ou A
Toma no toba sempre,
Que ocê vai resfrescá.
Tomar no toba meu amigo,
É pra macho classe A

Nessa artura do acontecido.
Eu só fazia concordá.
Ele então abriu uma garrafa,
Tome desse, sem pensá.
Ele é japones é novo.
É o NoToba, pro cê tomá.

O Refri no toba é forte.
E serve pra estimulá.
Levanta inté defunto.
O difici é fazê vortá.
Quem toma no toba uma vez.
Muitas veis vorta a tomá.

Oche, respirei aliviado.
E vi que num era tanto azá.
Apenas um nome esquisito.
Do refri, que fui testá.
Tomei, bem uns treis litro.
Pra minha sede acabá.

Quando parei de engoli.
Escutei um balalá.
Rizada pra todo lado,
Me apontavam sem pará.
Pensei. rasguei minha ropa.
Ou tão querendo me gozá.

A barangona se aproximô.
E começô a falá.
O experimento tá aprovado,
Agora só farta registrá..
Meninas vão pro banheiro
Temos urina prá engarrafá.

Meu amigo, meu zóio estalô.
Quando escutei aquilo lá.
Bebi mijo de mulher.
Vortô em dobro o azá.
Mas mesmo assim recomendo.
Nunca deixe de exprimentá.
Se a sede vier depressa.
Vão todos no toba tomá..













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