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cronicas-->Palmirinha e o amiguinho -- 21/03/2013 - 11:50 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Palmirinha e o amiguinho

Aroldo Arão de Medeiros

Ele entrou na quarta idade. Prova mostrando os recibos de pagamentos de excursões. Gosta de fazer comparações entre festas idênticas de uma cidade e outra. Para atingir seu fim e ao mesmo tempo vibrar com tudo que vê ele foi à queima de fogos e shows musicais na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro. No outro ano foi à Avenida Paulista onde se concentra a queima de fogos e as apresentações musicais de São Paulo.
Como bom religioso, ele gosta de participar de festas cristãs. Assistiu ao espetáculo Encenação da Paixão de Cristo em Goiània e em Santana do Ipanema, no estado de Alagoas. A encenação leva centenas de fiéis às ruas de ambas as cidades.
De todas as festas a que ele mais gosta é de Festa de Colono, Caminhoneiro, Hortaliças e de outros temas rurais.
Gravou em sua memória a alegria que sentiu quando esteve na Festa Nacional do Colono de Itajaí, Santa Catarina. É considerado atualmente o segundo maior evento festivo do município. Em Gramado, Rio Grande do Sul, encontrou as maravilhas das Colónias e a força da imigração alemã, italiana e portuguesa. Desfile de carretas, apresentações de bandinhas e grupos de dança, exposição de produtos artesanais e a degustação de farta gastronomia típica fazem parte dos festejos de vários encontros.
O que quero contar não aconteceu em excursão, mas num passeio que fez com três irmãos para duas cidades vicinais de Campinas e Praia Grande. Foram de carro e programaram-se para participar da Festa da Uva e do Vinho em Vinhedo. Digamos que o que pretendiam era almoçar no local do evento, visitar as barracas, alguns pontos turísticos, conhecer outra cidade, Valinhos, e depois seguir viagem em direção a Santos.
Em Vinhedo pretendiam ir ao Memorial do Imigrante, ao Centro Cultural, Praça do Aquário e ao Cristo Redentor. Não foram em nenhum desses locais, porque o tempo foi curto e o GPS deu um nó neles. Conseguiram pelo menos passar em frente à Fonte da Amizade. Não entenderam a festa receber o nome de festa do vinho também, se havia uma barraca com poucas garrafas que não fizeram seus olhos brilharem. A exposição de frutas recebeu bons comentários, principalmente a qualidade das uvas e goiabas, saborosas e de baixo custo. A praça de alimentação era boa e a comida agradou a todos. Para se deslocar dentro da cidade perguntavam para os transeuntes onde queriam ir. Ao receberem a resposta, seu irmão agradecia com um muito obrigado, amiguinho. A irmã, a mais velha da equipe contou que a Palmirinha, apresentadora de programa televisivo de gastronomia sempre alcunhava seus convidados de amiguinho. Passaram a rir sempre depois da despedida do "obrigado, amiguinho". No mesmo momento a irmã passou a ser chamada de Palmirinha e o irmão de amiguinho.
Seguiram para Valinhos. Foram pela Rodovia Anhanguera, desobedecendo ao palpite do GPS que os aconselhava a atravessar a cidade para chegar à outra. O castigo da recusa foi pagar um pedágio três vezes maior do que o que já haviam desembolsado, sem necessidade. Pão duro como é, foi reclamando o tempo todo. O bom da história era que todos se divertiam com seus protestos, e ele era obrigado a rir também. Desistiram de visitar a Igreja Matriz e o Museu. O objetivo final foi a Casinha do Figo com Chocolate. Custaram a encontrar e no sopé de um morro com cartazes pequenos conseguiram descobrir o endereço que procuravam. Entraram, e a primeira pergunta foi:
- Tem figo?
- Não. Só temos figo da índia.
Ele foi pegar o tal figo, espetou os dedos, pois os mesmos nascem em cactus e ele disse palavrões impublicáveis. Tudo era motivo de risos e chacotas. Comprou meia dúzia de figos com chocolate.
Que arrependimento!
Colocou na boca, deu uma mordida e sentiu que o mesmo era estupendamente, infinitamente, surpreendentemente e enormemente doce. Não queria mais comê-lo. Ninguém aceitou o restante e fizeram-no digeri-lo sozinho.
Seguiram para Santos, ou melhor, Praia Grande. Os primos os esperavam de porta aberta e com alegria imensurável. Presenteou a prima com os figos restantes que, se a mesma não gostar de doçura, devem ter apodrecido. Passaram dois dias felizes à beira da praia, bebendo, jogando dominó e se refrescando nas águas quentes. Sempre rindo, quase que o passeio foi estragado porque sua sobrinha, filha de seu irmão tentou atrapalhar o final do passeio, incomodando-o com telefonemas chatos.
Nada conseguiu, por que Ele falou (se não o fez, deveria ter feito).
- "Onde estiver uma família reunida, ou pelo menos metade dela, orando, pensando em Mim, ou mesmo se divertindo, aí Eu estarei e nada de ruim acontecerá. Será tão somente, alegria".



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