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cronicas-->TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (78) -- 04/04/2013 - 22:15 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (78)

Numa data dessas há dois anos, eu iniciava uma missão, talvez "saga", teimosia ou necessidade de externar o que penso/sinto através de artigos ou cronicas e dalguma poesia.
Abaixo seguem o primeiro parágrafo no início e o último parágrafo no final do texto sobre seu conteúdo parcial:
_______________________________________________________

TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (1)

Participei quase intensamente da cerimónia religiosa do casamento do meu filho. Oficiada por um frade cuja Ordem desconheço, seguiu regularmente com seus ritos complementados pelos passos um tanto pueris do Buffet, capitaneados por moçoilas simpáticas.
___________________________________________________________

A necessidade de escrever pode constituir ofício profissional, amadorismo ou simplesmente a exteriorização de alguma neurose recóndita que toda gente traz consigo.
Da última vez que me submeti a uma sessão de análise, rasa e temerária ao menos para mim, já faz algumas luas. A rigor, não era individual mas coletiva.
Na pior das hipóteses, perdi o medo de me expor a estranhos e na melhor, me fiz conhecer a mim mesmo diante de outrem.
Hoje, passados tantos anos, suponho que eu tenha me tornado uma pessoa de bons defeitos.
Tentei durante um meio tempo, depois de voltar duma viagem ao exterior, começar uma terapia individual, mas não segui em frente, quem sabe pelo peso que me impunha o pa$$ivo, à época.
Nos anos sessenta e oito do último século, enfrentei o palco teatral, incentivado por um grande amigo, Martinho, sobre quem já falei.
Ele ainda não era psicanalista e estudava Psicologia. Com a experiência frugal do Teatro, aprendi a modular a voz.
Incipiente professor, também começava a desvendar os mistérios da interpretação, ainda que o texto não me fosse tão familiarmente pesado.
Essa experiência era de caráter amadorístico e todos nós assim atuávamos.
Composto em sua maioria de estudantes universitários, o Teatro Banorte durou o tempo exato que deveria ter durado.
Ademais, o próprio presidente Jorge Batista da Silva era um homem polido e entusiasmado por artes plásticas em geral.
Às vezes me pergunto se tal incursão não teria sido também uma forma de terapia.
Mas ouvi do diretor à época, que se trata de ofício profissional, ele que ainda milita nas hostes teatrais em Nova Jerusalém.
Se me lembro bem, nenhum daqueles atores dos anos ferventes de sessenta e oito, tornou-se profissional, exceto um*.
Cada um tem sua chance na vida, nem que seja carregando refletores e cabos de eletricidade.
Duma coisa estou seguro: o Teatro, a façanha de manipular esculturas vivas, ainda é a mais legítima manifestação de arte milenar.
Incluindo aí o grande desafio de denunciar uma era, seus conflitos, seus desafios e aperfeiçoar direta ou indiretamente uma sociedade.
Quem conhece mesmo superficialmente a história do Teatro, não me deixará defender esta tese solitariamente.
O grande Teatro, utilizando a literatura, a música e os cenários como testemunhas de uma ação sócio-política, pode também transformar a sociedade e seus valores mais subjacentes.
Ele é a grande e primordial herança dos gregos para o conhecimento e a possível mitigação da condição humana.
Acredito que, sem a arte literária e seu casamento com a arte da interpretação, o mundo seria um espaço vazio de sentimentos.
A pintura rupestre transparece e evoca essa atmosfera primitiva que transformou todas as artes numa única.
Talvez a unificação se dê com a integração da literatura, da música, da pintura, e da interpretação corporal, sob o auspício do avanço e da consolidação tecnológicos.
A modernidade proporciona à arte da comunicação, as ferramentas essenciais e quase definitivas à comunicação da arte.
Quanto a escrever, hei de informar que tudo começou com uma Olivetti manual, depois elétrica e em seguida com uma espécie de artefato pré-digital.
E a tecnologia é bem mais rápida do que a criatividade humana, por que se cingiu numa espécie de imaginação tecnológica.
O que está feito foi feito. Não se há como apagar. Nesses dois anos de escrivinhação eu só espero que o leitor e a leitora que prestigiam esse modesto espaço, permaneçam-me assíduos e leais. Ainda que eu nem seja merecedor e a despeito dessa invasão digital quase diária. Obrigado.
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Jamais cantei uma peça simples de minha alçada, com tanto entusiasmo e ardor. Isso porque, friso bem num dos tercetos: "o amor é que é o sim, princípio, meio e fim de nossa existência". Como Laplace - mal me comparando - não precisei de hipóteses sobrenaturais para musicalizar a beleza de uma relação amorosa e a responsabilidade que se a envolve como base inequívoca à busca de uma união feliz e duradoura. Longa vida de casados à Isabela Fabrício e Rodrigo Carvalho Silva.

WALTER DA SILVA
Camaragibe, 04.04.2011
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WALTER DA SILVA
Camaragibe-PE
04.04.2013
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*esse texto é minha homenagem a JONES MELO, morto recentemente.

Visite: http://geleiageneral.blogspot.com.br
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