Usina de Letras
Usina de Letras
78 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62294 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10391)

Erótico (13574)

Frases (50680)

Humor (20040)

Infantil (5461)

Infanto Juvenil (4782)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140824)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6211)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->A Morte -- 11/05/2001 - 18:44 (Carlos Delphim Nogueira da Gama Neto.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Morte; Uma Pobre Coitada.


Há pouco, como sempre acontece, defronte ao espelho cortando a barba, surgem-me as mais variadas imagens e pensamentos. É ali que eu divago enquanto automaticamente, sem mesmo atentar para a fisionomia que se estampa de encontro à tela de cristal, vou passeando o aparelho por sobre a pele. É um longo e demorado exercício, pois, repasso o mesmo caminho, quatro ou cinco vezes, para cima ou para baixo, até que nenhum sinal de aspereza permaneça por sobre a superfície do meu rosto.
E dentre as imagens de hoje, eu me lembrava da fisionomia desacoroçoada da morte. Eu a vi de perto, muito de pertinho, algumas vezes e, talvez por essa minha indiferença ela tenha se afastado com seu ar de impotência, diante da vida.
Ela tem seu momento, sim! Mas, seu êxtase ocorre diante do desconhecimento e do medo que possamos sentir frente a ela. Quando a encaramos como um ser real e momentàneo, ela se desmorona em tristeza, pela efemeridade de seu "Ser e Estar" e se vai.
Velha acompanhante da vida, desde o princípio dos tempos; desde que, o primeiro planeta (sabe-se lá qual!) passou a apresentar sinais de vida racional, ela está presente.
Um átimo de poder, e a carne inerte aí está; ao seu dispor, até que, amanhã ou, depois, os vermes venham consumi-la, reintegrando-a à mesma natureza de onde se origina.
Penalizo-me! Mas, o que fazer? É o teu destino; transitório destino, Morte.
Sua irmã, porém, sorri sempre em sua benevolência e sabedoria. E nem poderia deixar de ser benevolente em sua perenidade, a Vida.
Verdade que, algumas ou muitas vezes ela precisa ser dura nos ensinamentos e nas "penas" aplicadas. Mas, tudo é feito com e por amor. É o caminho natural e necessário, da escala evolutiva.
Ela conclama a consciência e esta, o faz, sempre, com muita justiça. Aplicando as penas, em proporcionalidade ao maior conhecimento do caminho.
Lembrando-me de ti oh morte, acabei chegando, inevitavelmente, à Vida.
E, pensando nela, repasso a visão das possibilidades do que será enfrenta-la ao fim de um trajeto, depois de abandonado o veículo condutor.
Imagino, aqui, neste instante, como imaginei defronte ao espelho, a "pena" ou, as "penas" de cada um de nós ao fim de um pequeno percurso discipular. Do meu concidadão lá, bem no alto e seus pares, até àquele na masmorra; pagando suas penas.
Talvez, defronte a Ela, Vida, os maiores agora, sejam os mais dignos das "penas".
Quiçá!
Carlos Gama.www.suacara.com
11/5/2001 - 18,00 h








Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui