SENSUAL.
Ana Zélia
Cheia de graça ela passa.
Se corpo é todo ele AMOR.
Em busca de alguém que a queira.
Seu cheiro forte de cabocla do Norte,
de pele queimada e afoita,] quente como o sol tropical.
Cheia de graça ela passa.
A procura da sorte que a faz remexer...
Em sorte, não crê.
Cheia de graça ela passa.
Um sorriso nos lábios, uma faísca no olhar de gata manhosa.
Seu corpo é magia, sedução...
Desejo. Seus lábios beijos, beijos...
Seu ser é AMOR, PAIXÃO... PAIXÃO...
Cheia de graça ela passa.
Vai e volta em busca de quê?
AMOR! AMOR!...
No coração o desejo de sentir-se MULHER! MULHER! MULHER!
No corpo a paixão que obscurece tudo...
Paixão que sobressai matando o AMOR, a razão...
É o sentir aquele friozinho na barriga, o palpitar a mil,
é o desejo, desejo, razão...
Cheia de graça ela passa.
É mulher! É mulher!
Sensual, brejeira, meiga, um furacão.
Um estopim, uma explosão...
Cheia de graça ela passa, provocando, seduzindo,
arrebatando dos machões o coração.
Vivendo como se fosse o último instante de sua vida.
O último piscar de um pirilampo...
Confundindo sexo e paixão, destruindo a razão.
Amor, perdão...
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Isto é Mulher!
Parte do livro Mulher! Conquista fácil!... (Poesias e crônicas) ed. Pela UFAM, 1996.
Às vezes a busco e não sei onde ficou em qual esquina da vida a deixei.
Quem sabe o Príncipe passou e sonolenta, cansada, envelhecida não viu.
Passa o tempo, tempo passa, passam as horas, os momentos, passamos nós.
Ana Zélia.
|